Relacionamento?

216 29 27
                                    

Nota:

Quem tava como saudade dá um grito!!

Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeu!

Eu tava morrendo de saudade de vcs cara e vcs podem estar bravos comigo, mas sintam-se abraçados pq eu to feliz pacas de estar de volta. (Desculpem a demora).

A parte boa é que: estou conseguindo escrever de novo. Estou de volta e estou radiante por isso. Depois de tudo, eu voltei e será um prazer saber o que vcs acham desse capítulo.

Boa leitura.

***

Os dias estavam passando muito rápido.

Entre gerenciar minhas ideias, colocá-las no papel, acompanhar Ângelo para conhecermos mais o local onde o resort seria construído e me encontrar com Salazar escondida, eu estava ficando esgotada.

No melhor sentido da palavra.

Meu projeto evoluía, assim como eu aproveitava as noites em que me encontrava com Theodoro, mesmo que eu acabasse indo dormir mais tarde do que o habitual, já que evitávamos nos encontrar em horários que pudéssemos esbarrar com Daniel. Obviamente, tentávamos manter um tom casual ao que estávamos fazendo. Não falávamos do trabalho, não perguntávamos um sobre o projeto do outro e evitávamos a todo custo citar a competição.

Era sexo.

sexo.

Sexo e discussões aleatórias bem típico do nosso relacionamento, se é que podíamos chamar assim. Salazar e eu costumávamos discutir pelos mais diversos assuntos, desde o jeito com que eu mantinha meu quarto bagunçado enquanto o dele era o retrato da arrumação, passando calorosamente por discussões sobre a necessidade das artes e da matemática na vida das pessoas, sendo eu uma fã declarada dos cálculos e ele um admirador supremo da cultura artística (principalmente quando ela se relacionava com pinturas e fotografias) e chegando até gostos culinários, onde ele não perdeu a chance de me lembrar da constrangedora história do bolo de morango da minha infância.

Nós éramos diferentes.

Bem diferentes.

Entre gostos, opiniões e sabores, discordávamos em tudo, as vezes, ou em grande parte, por provocação, mesmo ele não parecendo adepto a verdadeiramente argumentar, parecia se divertir a me ouvir contrariar tudo o que ele dizia, repetindo 'você não cansa?' antes mesmo de eu terminar de falar.

E foi aí que percebi.

Em meio a uma discussão sobre a camisinha de morango que jurei que não usaríamos, e minha lastimável desistência do meu próprio juramento depois que ele começou a me beijar, percebi que eu estava me acostumando. Me acostumando a presença, às discussões, aos sorrisos e até a tentativa absurda dele de tentar arrumar meu quarto quando lavava a louça depois de comer alguma coisa ou recolhia as minhas roupas do chão sem que eu pedisse.

E aquilo não podia acontecer.

Me acostumar com um Salazar além do sexo não era, nem de longe, uma boa ideia.

Eu pensava nisso enquanto me trocava.

Já passava das dez e eu sabia que uma mensagem dele não demoraria a chegar com alguma pergunta do tipo "Posso ir ai ou você prefere vir pra cá?", e isso só deixou mais claro meu problema.

Suspirei, sentando na cama e bloqueando a tela.

O que eu estava fazendo?

A vibração do celular e o nome "Suzzana" na tela me tiraram do devaneio. Atendi sem pressa, sentando encostada nas almofadas.

Construindo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora