Eu senti o leve e delicado toque dos seus lábios, que foram interrompidos pelo barulho fervoroso de três tiros.
Ele afastou seus lábios e se abaixou comigo, me abraçando.- Caralho_ele olhou em sua volta
- Tem uma arma, é hora de usá-la, não fica perto de mim e só usa a arma se for pra se proteger, tem uma porta nos fundos, sem ser a de saída uma que dá pra uma sala, sobe pra lá e me espera, fica abaixada_ele falou tudo isso no meu ouvido e logo em seguida se levantou
Tirou um rádio da cintura
- alow rapaziada?_ele falou no rádio, forçando a vista, tentando ver quem estava na porta da boate
-câmbio, derligo_alguém respondeu do outro lado da linha, suspeitei de ser Tom pela voz
- puta que pariu, no melhor momento, ela tava..._reconheci a voz de Léo
-legal Léo, ninguém quer saber_Bryan interrompeu ele
- já descobriram quem é?_uma voz séria e conhecida soou pelo rádio, e eu não tinha dúvida de ser o ruivo
- ainda pergunta Jack, deve ser o vagabundo do Petter_então Jack era o nome do ruivo
- depois eu saio como o menino mau, eu deveria ter matado ele quando podia_Bryan falou com arrogância na voz_bora putinhas, quero todo mundo aqui agora_não demorou muito e já estavam os seguranças, os meninos que eu conhecia e alguns caras, todos armados
Foi quando eu finalmente resolvi levantar, destravei minha arma e fui atrás do Erick, eu não ia obedecer ordens do cara que eu iria prender
Não demorou muito e eu encontrei ele sentado no chão, se via pouquíssimas pessoas dentro da boate, tudo tinha entrado em pânico com os três tiros que estouraram garrafas do bar e feriram pessoas
Puxei Erick pelo braço
- levanta!_falei fazendo esforço
- caralho, eu quero dormir_pelo visto continuava bêbado
Passei a mão pela sua cintura em busca da chave do carro
- o que quer aí?_ele perguntou olhando pra baixo
- teu rabo caralho_foi quando eu achei a chave, peguei e saí puxando ele em direção a saída dos fundos, onde várias pessoas fugiam
Fui saindo com Erick e apareceu outro cara atirando pra cima, nos deitamos no chão rápido
Pelo visto o que restava era a sala que tinha no segundo andar, fui me rastejando e puxando Erick, até um porta que eu vi logo ao lado da saída
Forcei um pouco e consegui abri-la
Me deparei com uma escada, que foi difícil de subir arrastando o bêbado, quando cheguei a sala, encontrei um "escritório".
Muito bem arrumado, com um sofá enorme. Me sentei e coloquei a cabeça apoiada nas mãos, pensando na merda que eu tinha me metido, a começar pelo quase beijo.
Erick ficou jogado no chão.
Minha consciência pesou em relação a tudo que James tinha me dito*Flassbaks on*
- É o seguinte, precisamos nos aproximar dele, bastante, Erick vai ser o cabeça da investigação, vai ser menos exposto e vai te dar apoio, você vai ser responsável pela ação, então isso vai ficar com você
- Tá querendo dizer que eu tenho que seduzir o cara?_perguntei incrédula
- muito pelo contrário, fique longe dele nesse quesito, ele é traficante dos grandes, pode fazer o que quiser com você, desde um estupro até um assasinato, muito próximo ele pode acabar descobrindo algo, não pode brincar com ele, isso não é dama, é uma partida de xadrez
- e minha indentidade?
- bom, tem um cara chamado Michael, um traficante também dos grandes, super amigo do Bryan, todos lá acham que ele está morto, mas na verdade está preso no exterior, eles eram como irmãos, um cuidava da propriedade do outro, e hoje em dia suspeitamos, temos quase certeza, de que Bryan assumiu ambas partes do tráfico. Michael é meio mexicano e meio brasileiro, sua família morava no Brasil quando ele se envolveu, e você vai se passar pela irmã caçula dele, Pietra Drumon, vai abdicar a sua parte do tráfico, e vocês serão obrigados a se entender
*Flassbaks off*
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Na mira do crime
RandomEssa é a história de vida da agente de polícia federal: Pietra Sampaio, uma brasileira que terá uma mudança brusca em sua personalidade, que com quedas terá que deixar seu orgulho pra trás, e quem sabe até mudar de lado. Para conter o narcotráfico...