CAP - 10 Como vai?

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E mais uma vez eu tive que me virar, chamei um carro de aplicativo. O meu carro a essa hora já devia estar no conserto, ou assim eu esperava.

Fui obrigada a colocar as armas na cintura não ia sair em público com elas nas pernas. Passei a viagem pensando em duas pérolas negras que me encaravam como se vissem minha alma, aqueles lábios estavam acabando com o meu psicológico, mesmo eu tentando ignorar essa idiotice.

Desci em um lugar próximo, tinha que ser uma entrada triunfal. Coloquei o suporte e as armas. Logo vi a casa, mansão, gigante e luxuosa, na frente tinha um portãozinho de ferro, estava trancado, e eu simplesmente com uma das mãos pulei, até o momento eu não tinha visto homem nenhum, já deveria ter cerca de 500 pra me impedir.

Era hora de enfrentar as duas portas grandes com maçanetas douradas, eu tinha que chegar chegando, então tomei distância e abri a porta com um chute, assim que pus meus pés lá dentro tirei ambas as armas e destravei. E o meu palpite estava certo, todos aramados, e com as armas apontadas pra mim, é claro.

O lugar era grande, o piso branco do chão em mármore já dizia a superioridade, assim que entrei avistei 4 mesas grandes de madeira, encima delas tinham armas, drogas, mulheres, papéis e etc... Logo no fim da sala tinha uma escadaria enorme com um corrimão dourado.
Eu não podia atirar em todos aqueles homens, eu tinha que arrumar um jeito de surpreendê-los. Simplesmente coloquei as duas armas nos suportes e tirei do bolso um documento, uma identidade, RG.
Os olhos curiosos pareciam não entender nada

- Atirariam em uma mulher indefesa? Apenas com um documento nas mãos?_minha voz ecoou pelo silêncio e suspense da sala, mostrei o RG e logo em seguida caminhei em direção as escadas, os canos das armas me acompanharam

- Sabem quem eu sou?_me encostei no corrimão da linda escada_Pietra Drumon, a porra da irmã do Michael!!! A dona desse caralho todo! _falei alto com um certo tom de superioridade, vi olhos se espantar e a maioria das armas serem abaixadas, esse nome tinha poder _ Liguem pro Bryan, avisem que eu estou aqui!_dei as costas e subi a escada

Bryan Montenegro

- Porra!! Já disse que é pra fazer esse caralho direito!! Troca a jante, não é pra pintar, eu tô pagando então faz direito! Coloca a mais bonita que você tiver_ gritei mais uma vez com Taylor, o mecânico que consertava o carro de Pietra

- eu não tô entendendo vagabundo, pra que essa agressividade toda?_na nossa relação de amizade se tinha uma coisa que faltava era respeito

- pelo o que eu tô vendo esse carro só vai ficar pronto amanhã_bufei e cruzei os braços

- o serviço aqui tá complicado, você quer tudo do bom e do melhor, desembucha logo, de quem é essa máquina?_eu virei o rosto como se o ignorasse

- deve ser da nova peguete_falou Isaac, o ajudante

- que nada, esqueceu? Ele é Bryan Montenegro_Taylor falou com superioridade_não precisa disso, só com um olhar, as mulheres são dele_ambos gargalharam

- da pra parar com a palhaçada? _disse enfurecido

- Ah não, já sei, deve ser filha do traficante da nova parceria, ouvi dizer que ele é idoso e que a filha gostosinha

- toda vez que venho nessa oficina me arrependo, isso aqui tá parecendo mais um salão de beleza feminino, fofoca pra tudo que é lado

- olha só ele mudando de assunto...

- vão pra casa do caralho! _caminhei até a porta da oficina, deixando os bobões de lado

Meu pensamento voava alto, eu pensava em uma garota dos cabelos escuros e dos olhos cor de mel. Talvez eu tivesse que aprender a jogar tal jogo.
Até que fui surpreendido pelo vibrar do meu celular, olhei a tela e vi uma ligação de Luan, um dos que trabalhavam pra mim no segundo casarão
Atendi a ligação

Na mira do crimeOnde histórias criam vida. Descubra agora