Num mundo ostil unido de violência, demônios e injustiças a capitã Mikasa Arckeman tenta sobreviver enquanto esconde uma terrível verdade.
Porém num ato desesperado Mikasa revela seu segredo, encuralada ela é levada como prisioneira pela equipe de s...
Anoiteceu pesadamente no Condado de Sina, como se o sol estivesse de luto, grossas nuvens cinzas tomaram o céu e com elas uma fina chuva caiu sobre o Esquadrão Diamond.
Um silêncio sepulcral tomou conta do pelotão, ninguém queria conversar ou comentar as últimas horas de conflito, ninguém queria lembrar do horror de ver soldados contra rebeldes, homens contra demônios, espécie contra espécie.
Naquela noite, após o retorno do resto dos soldados e oficiais Diamond da capital.
Ouvia-se apenas os sons dos passos pesados dos soldados, movendo corpos sem vida do chão, destroços do conflito e alguns prisioneiros sendo arrastados até as masmorras.
Uma cena triste e desanimadora, infelizmente, inevitável para todos presentes naquela realidade. Rivaille, ficou sem palavras até o momento, os confrontos, as mortes, ele conseguia uma hora ou outra "digerir" e seguir em frente. Porém, não poderia dizer o mesmo depois do que tinha acontecido, assim que conseguiu parar Annie, sua atenção ficou pressa em Ackerman.
Quando fechava seus olhos, Levi podia lembrar de vê-la no chão, coberta pelo manto vermelho de Armin, agarrando Bott desesperadamente pela camisa, chorando sob seu rosto e gritando consigo mesma. Mikasa, era como ele, sempre demonstrava ser fria e muito durona, mas naquele momento sua rigidez se diluiu como água.
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Sua dor e sofrimento foram maior que sua pose, ela chorou por breves segundos incansáveis reunida com Arlet que se agachou, compartilhando sua agonia sem acreditar que o jovem comandante corria para morte certeira.
Num último suspiro, Marco deu um leve aperto no braço de Armin, sua boca tremeu, cuspindo sangue enquanto mencionava algumas palavras que apenas os capitães Gold entenderam, foi sua ultima pronuncia até perder todas as forças e falecer nos braços de Mikasa.
Juntos, os Golds recolheram seu companheiro, com seu manto vermelho e dourado, enrolaram seu corpo cuidadosamente e o levaram para uma pira de palha e madeira, onde foram velados os soldados mortos em batalha.
Observando o fogo que consumia o corpo do oficial Gold, Levi se isolou no alto do Batalhão, sozinho e em silêncio, repensando o valor da vida, das conquistas, dos planos e talvez, até do futuro.
"Que futuro? Estamos sempre em guerra!" disse a si mesmo, num pensamento amargo, seus ombros se encolheram tensos e seus punhos se fecharam diante da injustiça de ver, mais bons soldados serem abatidos em fúteis atritos humanos.
Seu momento de reflexão é interrompido por uma telespectadora inesperada, que tentou em vão correr para trás de uma pilastra caída do Esquadrão:
_Meus conselhos não serviram muito, não é soldado Ral?-Rivaille suspirou, sem se virar, fechou seus olhos por um instante e tomou o último cigarro que tinha dentro de seu bolso.
