XIII - Ela deve morrer? (Julgamento)

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Mikasa:

Já fazia um tempo que Ackerman estava desmaiada, o soro potente que Levi a aplicou, dava para fazer dormir qualquer soldado abaixo de cem quilos, sem conseguir despertar, Mikasa ficou presa desconfortavelmente num sono profundo cheio de pesadelos.

Porém, com o passar do tempo, seu corpo e mente foram se retomando, o efeito do soro havia foi passando, e ela "adoravelmente" percebeu que estava acordando, sua cabeça começou a latejar e seu corpo a formigar, sua noção foi aos poucos sendo tomada de volta, ao abrir os olhos Mikasa percebeu estar no Tribunal, presa a correntes, amarrada num poste no meio do saguão, como um animal em exposição, seu corpo já começava a doer da mesma posição que pareciam tê-la deixado a anos.

Ao olhar a sua volta, ela percebeu poucos membros do Exército, do Conselho e da Ordem, todos agitados.

Cercada de gritos e injúrias, a asiática se livrou de vez do seu sono, para a fatidica realidade:

_Matem-na! -Gritava vários velhos, membros do Conselho.

_Ela precisa ser estudada e executada! -Ressoou outro da Ordem.

Mikasa apreensiva se remexeu no lugar, assustando vários velhos barbudos que recuaram em suas cadeiras de madeira polida, esperando a audiência no Tribunal começar:

_Ordem, Ordem! -Berrou a juíza fazendo todos se calarem. _Como a réu acordou, podemos começar o julgamento! -Decretou firme, a mulher de meia idade e loira, com todo poder em seu martelo, a volta dela um grupo de júri silenciosamente esperava o início do julgamento, todos sentados, perto da bancada, mirando Mikasa como se ela fosse um bicho raro.

_Julgamento? -Ackerman então percebeu tudo que acontecia ali, sentindo um frio na barriga ela gelou, estava sendo julgada e pela reação dos velhos no poder, aquilo não terminaria bem. _Espere, espere! -Mikasa pediu olhando a juíza que pouco lhe deu atenção, se remexendo ela finalmente chamou o olhar dela. _Eu preciso de um representante! -Disse veloz, pensando em suas poucas chances de saída. Ainda desnorteada ela se levantou e ficou de pé, encarando a juíza.

_Capitã, você tem um? -Desafiou a juíza tenebrosa.

Mikasa mordeu os lábios irritada, e viu a sua volta, não tinha quase ninguém ali do Exército, além de alguns oficias Diamond, parecia que seu julgamento era exclusivo e isso era muito ruim, se ela não encontra-se ajuda rapidamente, as coisas se tornariam degradantes para ela:

_Aqui não, mas eu tenho alguém no Exército... Eu preciso falar com os Golds!-Pediu a asiática nervosa, a juíza se debruçou em sua bancada e sorriu.

_Então, você não tem ninguém! -Disse como o próprio diabo.

Mikasa não conhecia aquela mulher, mas já a odiava profundamente, ela deveria ser uma juíza da Ordem provavelmente, pois a maldade ilustrada em seu olhar claramente indicava suas más intenções, ela não iria facilitar sua vida, isso ficou bem claro:

_Mas eu tenho direito! -Mikasa começou inconformada. A juíza a ignorou e seguiu a audiência, injustamente pondo a asiática numa arapuca.

_A promotoria pode apresentar o caso! - Iniciou a mulher com o martelo, iniciando uma onda de gritos satisfeitos no Tribunal.

Quando dois homens do Conselho e da Ordem começaram a descrever os "crimes" de Mikasa, a asiática percebeu que estava sozinha, a beira de um julgamento péssimo e do seu fim iminente, ali só tinha inimigos, e não havia nem uma forma dela lutar, estava presa as correntes, fraca e a um dia sem comer, parecia que os pesadelos dos seus sonhos tinham retornado, mas infelizmente aquilo não era um sonho, e sim sua cruel realidade:

BerZerk - RivaMikaOnde histórias criam vida. Descubra agora