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Aidan Gallagher, 17 anos

um sonho 

um pesadelo

uma morte

uma vida.

Foi em um dia caloroso de verão, o dia não poderia estar mais ensolarado, ele não imaginara que seria o dia mais triste de sua vida.

Um passeio escolar, seus pais tinham deixado Aidan ás 06:00 na escola, o ônibus partiria para Los Angeles ás 07:00.

- Quero que você tenha uma ótima viagem meu amorzinho, mamãe te ama tanto. - Ela diz acariciando seu cabelo.

- É isso mesmo garotão, - o pai bagunça o cabelo e Aidan. A mãe dá um tapinha no braço dele, avisando para parar - você já tem 13 anos, filho. Nada de ficar com medo de voar de avião. - Os dois dão risada de seu filho, mas sem maldade. 

- Eu tenho quase 14 anos. Não sou mais criança, eu já sou quase um homem! - Ele diz irritado. 

- Você tem razão. Impossível uma criança ter um temperamento igual ao seu. - Oliver dá um soco fraco no ombro do menino. Os pais caem na risada novamente.

- Não vejo graça alguma. - Aidan diz cruzando os braços.

- Verdade meu amorzinho, é claro que você não vê. - Sua mãe sorri. 

- Para com isso, mãe. Todos estão olhando. - Ele olha para as pessoas à sua volta.

No fundo o garoto não tinha nem um pouco de vergonha. Ao contrário, tinha orgulho. Ele tinha orgulho de ter pais tão legais e gentis.

Aidan queria ser como seus pais quando crescesse, amorosos com as pessoas. Todos gostavam do casal.

- Você vai virar um grande homem um dia. - Ela continua, sem ligar para as pessoas à sua volta. Ela se agacha um pouco para ficar na mesma altura do menino.- Eu terei muito orgulho, mais do que eu já tenho agora. - Os olhos verde esmeralda que Aidan herdou. O nariz arrebitado e delicado de sua mãe, o cabelo negro e comprido. Ele sentiria ininterruptamente falta de seus detalhes. 

Eles ficaram por meia hora, apenas conversando e trocando carícias com o filho. 

E as últimas palavras saídas dos lábios rosados de sua mãe para Aidan foi ''Eu te amo, você é meu herói. Se cuida querido'' 

O último abraço.

O último beijo. 

Seus pais seguiram o caminho para casa. Mas o que os dois não esperavam é que ela não voltaria nunca mais para casa, apenas em seus sonhos.

Conversaram no carro sobre quando Aidan era criança, sempre quieto e tímido, mas sempre fazendo as pessoas sorrirem.

E que sorriso. O mesmo que sua mãe. As mesmas covinhas. Sempre estarão interligados por um cordão umbilical imaginário. 

- Você não está sentindo esse cheiro? - Ela diz fungando, parando no sinal vermelho.

- Agora, comentando sobre isso, estou sentindo cheiro de cookies e tortilhas de Red Velvet. - Oliver dá risada. 

- Ah não! Droga. - Ela diz decepcionada. - Eu acordei às 03:00 horas só para preparar isso para ele, Aidan ama doces.- a mãe parece decepcionada.

- Calma querida, ainda dá tempo de voltar.  Você deve estar nervosa mesmo, não chamou o Aidan de Guti.

 O sinal fica verde.

Ela coloca uma das mãos no banco de trás à procura da lancheira.

- Só vou conferir se está aqui.

Don't let me go - Aidan Gallagher Onde histórias criam vida. Descubra agora