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Pego minha bolsa, e vou para o estacionamento.

Agora como eu vou saber qual a moto do "bonito"?

Sinto uma respiração em minha nuca logo em seguida duas mãos em minha cintura.

- Me esperando? - Aidan fala em meu ouvido, fazendo meu corpo estremecer.

- Já era para você estar aqui. - Viro para trás, de frente para ele.

- Até sendo chata é gata. - Aidan fala indo para a direção de uma moto super diferente da do outro dia.

- Comprou uma moto nova? - digo analisando a moto.

- Eu arrumei ela.

- Como você fez isso? - falo passando a mão sobre a moto. Ela está completamente reformada. No dia que eu tentei me suicidar tinha arranhado todo, e agora está super bonito.

- Eu sei arrumar motos. - Aidan diz me ajudando a subir na garupa.

- Não sabia. - digo isso, e Aidan pega delicadamente o meu queixo, e fala:

- Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim. - Ele dá um sorriso de lado.

- E com quem você aprendeu? - falo com Aidan, e ele sobe também.

Abraço Aidan por trás para me segurar, fico um pouco envergonhada por isso.

- Com a minha mãe. - Ele fala ligando a moto.

- Que legal, eu quero conhecer ela. - falo sem dar muita "bola".

Ele fica quieto.

...

No caminho para a casa foi silencioso.

Chegamos, e Oliver não está em casa.

Fico um pouco desconfortável por estarmos sozinhos, mas é só para fazer o trabalho.

- Vamos subir. - ele me chama para o andar de cima.

Que "edução", nem para me oferecer comida, esfomeada? Sim.

A sua casa é bem colorida, o que não combina muito com o estilo de Aidan.

Entramos no quarto e é super diferente dos outros cômodos, são cores neutras. As cortinas fechadas, deixando o quarto sombrio.

Abro as cortinas, e deixo o sol entrar.

- Ei! - Aidan vêm até mim, me tirando de perto da janela gigante.

- Eu só queria deixar entrar um pouco de luz nesse quarto.

- Mais do que já tem? - ele diz irônico.

- Não tem nenhuma luz aqui.

- Esse quarto iluminou com a sua presença. - ele fala para ele mesmo, então não dou atenção.

Passa alguns segundos.

- Você ainda não percebeu? - Aidan diz.

- Perceber o que? - falo tirando meu material da bolsa.

- Que nós moramos na mesma rua.

- Como assim?! - vou até a janela. Pelo fato que chegamos e entramos pela garagem, eu não prestei atenção em muita coisa.

Olho pela janela e está ali na frente, a minha casa.

- Você é lerda mesmo. - Ele sorri, e que sorriso lindo puta merda. S/n... Não, respira, esse marginal filhinho de papai não. Mas ele é tão gatinho ui, S/n! Já disse que não. (Divertidamentes surtando)

Don't let me go - Aidan Gallagher Onde histórias criam vida. Descubra agora