JOHANN GREGOR MENDEL (1822 – 1884)
Johann Mendel, descobridor das Leis da Herança Genética, nasceu em Heinzendorf, na Silésia austríaca, região pertencente ao atual território da República Tcheca. Seguiu desde cedo a vida religiosa, ordenando-se frade em 1847, no monastério agostiniano de Brunn (atual Brno). Já havia realizado estudos de Filosofia e, após a ordenação, que lhe consagrou suas atividades no ensino de Filosofia, ingressou na Universidade de Viena, em 1851. Voltou a Brunn em 1854, dedicando-se até 1868 ao ensino de História Natural e Matemática.
O resultado de seus trabalhos envolvendo o cruzamento de plantas, publicado em 1866, sob o título Experimentos com plantas híbridas, originou suas duas de suas teorias básicas, estabelecendo o que conhecemos, hoje, por Leis de Mendel. A primeira lei de Mendel é também conhecida por Princípio da Segregação dos Caracteres, em que as células sexuais masculinas ou femininas devem conter apenas um fator para cada característica a ser transmitida. A segunda lei de Mendel trata do Princípio da Independência dos Caracteres, ou seja, cada característica hereditária é transmitida independentemente das demais.
O trabalho de Mendel só passou a obter grande reconhecimento no meio científico a partir do início do século XX, tendo sido precursor dos posteriores estudos dos cientistas Hugo de Vries, Karl Erich Correns e Erich Tschermak. Estes três pesquisadores realizaram, independentemente, muitas das experiências baseadas na obra de Mendel, tendo, então, chamado a atenção do mundo científico para as descobertas do precursor, atribuindo a ele a descoberta das Leis da Hereditariedade.
NOMENCLATURA GENÉTICA
A genética mendeliana, como tantas áreas da biologia, envolve o uso de termos particulares que precisam ser compreendidos, em particular, durante a realização de exercícios e questões de vestibular. Neste módulo trabalharemos alguns destes termos antes de começar a discutir os fenômenos da hereditariedade.
Ainda que Mendel não soubesse o que era uma molécula de DNA, suas definições envolviam, indiretamente, conceitos que passam por sua atividade em uma célula. O genoma de um organismo engloba todo o seu conjunto de moléculas de DNA que, por sua vez, são responsáveis pela determinação das características deste indivíduo. Na espécie humana, por exemplo, há 23 pares de cromossomos por célula, também chamados de cromossomos-homólogos. Falamos em pares, pois, durante a fecundação, 23 destes cromossomos são oriundos do ovócito II (gametas femininos) e os demais 23 são provenientes do espermatozóide (gameta masculino).
A figura a seguir mostra os cromossomos humanos individualizados. Note que os cromossomos numerados de 1 a 22 também podem ser chamados de autossomos. Isto é importante porque o genoma contido nestas moléculas de DNA não participa da determinação sexual, sendo, portanto, comum a mulheres e homens. O cromossomo 23 (X ou Y) é conhecido como cromossomo sexual por participar da determinação do sexo biológico de um indivíduo. Mulheres tem seu organismo biologicamente determinado pela presença de um par XX, enquanto homens dependem de um par XY.
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TEMAS BIOLÓGICOS
Non-FictionAqui estudaremos a vida em seus maia variados aspectos, importando-se em compreender, por exemplo, o funcionamento dos organismos vivos, a relação desses seres com o meio e seu processo de evolução.