Havia uma grande multidão de pessoas, de todas as partes da cidade ali. A rua estava infestada, e o que antes eram aristocratas ricos. Agora, eu e Oliver, que carregávamos Bruce, ainda desacordado, fomos ovacionados pela multidão. O colocamos em uma viatura de prontidão, no fim da multidão, olhando de longe, vi a sra. Towers com um olhar penoso, eu sabia exatamente o que ela pensava, eu quebrei uma promessa feita aquela mulher, eu não podia estar me sentindo mais culpado. Após sair do amontoado de jornalistas, policiais e curiosos. Observei bem Oliver, que agora à paisana, estava com um sobretudo bege e desabotoado, com uma roupa simples por debaixo. Finalmente tive tempo para conversar com meu amigo Oliver tranquilamente na calçada.
— Bem, no fim das contas, você o pegou mesmo. — disse eu.
Ele assentiu com orgulho. E replicou:
— Estava cumprindo o dever.
— Você sabe que você fez bem mais que o seu dever Olly.
— Vindo de você eu fico bem lisonjeado. Você desvendou tudo afinal. Como foi essa história toda?
— Bem, minhas deduções sucederam uma lógica bem simples: Eu soube do caso a partir de você, então nessa, eu comecei a notar certas congruências que tinha nos incêndios, achar lógica nelas. Cada incêndio ocorria no período de 4 dias né? Por quê? Para ser franco eu não sei responder até agora, mas enfim. Por que, também, apenas homens eram as vítimas? Por que eles estavam amarrados?
— Espera aí, eles estavam amarrados?
— Suspeito que seja para evitar que eles fujam, não é? Mas enfim, Oliver, me deixe continuar. Enfim, por que amarrado? Por que Só atacava albergues? Tudo me dava frio na barriga com essas perguntas, mas eu as segui. Quando tive a oportunidade de entrar na linha de frente e estar dentro do prédio que foi onde eu reuni mais pistas. Eu já sabia quem era o cara ali, não exatamente quem era, mas agora que ele era real. 1,9m, magro, roupas escuras et cetera. Dali para frente, eu mergulhei a fundo nos seus arquivos, e respondi uma série de perguntas, o como ele entrava nos prédios sem ser visto. Como ele ateava fogo em tudo. As confirmações, eu também, só tive agora, mas eu já sabia a princípio.
— E como?
— Como ele entrava? Ele se passava por morador de rua que buscava abrigo e entrava nos prédios a noite, e durante a madrugada ele preparava tudo, para pela manhã, incendiar os prédios, isso eu descobri por meio de testemunhas oculares que você coletou o depoimento, mas não analisou a fundo. E como ele incendiava? Era por meio de gasolina e fósforos, ou isqueiro, tanto faz, e isso eu observei simplesmente pelo cheiro de gasolina no prédio que eu entrei e agora sendo queimado vivo, ou quasse. Bem simples não?
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O Incendiário
Mystery / ThrillerO detetive I.R. Anttone, recebe de um velho amigo, um caso singular de um serial-killer que tem como arma para cometer seus crimes, prédios em chamas. E antes que mais sangue seja derramado, Anttone deve prendê-lo