Capítulo 4

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Tem presentinho para o fim de semana de vocês: postagem dupla  (Capítulo 4 e 5) ❤ E tem mais: o primeiro encontro da Luara e do Tales ❤

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Tales

Olha só quem chegou, minha gordinha: sua nova babá!

Encaro meu dogue alemão, que está sentado perto de mim, e desligo a máquina de fazer café. Átila gane baixo.

— Você está pensando a mesma coisa que eu, amigão? Um dia de merda só ficaria "perfeito" com a voz histérica da louca do 912. — Afago sua cabeça. — Quem é a vítima dela dessa vez? Será que eu deveria alertar essa babá do perigo que está correndo ao entrar na toca da bruxa?

Sinto peso na consciência. Estou ofendendo as bruxas. Essa mulher é o demônio!

Átila deita a cabeça nas patas. Despejo o café numa xícara e engulo de uma vez, sem açúcar. Ele desce rasgando em minha garganta. Esse caralho tem que fazer algum efeito na minha ressaca, já que tomar o analgésico foi a mesma coisa que beber um copo de água.

— Nem fodendo que vou me meter nessa história. Não se preocupe. Eu e você sabemos a merda que deu na última vez que me meti com essa mulher. Além disso, a porra da minha vida já tem complicações demais para eu tentar resolver o B.O. dos outros.

Ouço o barulho de notificação do WhatsApp. Falando em complicações... Tiro o celular do bolso de trás da minha calça. Digito a senha e a mensagem do meu pai pula na tela. A décima mensagem em três dias.

Tales, onde você está metido? Está mexendo com drogas de novo, não é? Seu bar é uma fachada. Aquilo deve ser um ponto de entorpecentes. Eu tento te ajudar, mas você não se ajuda. E arrastou seu irmão para sua escuridão! O Joaquim só me dava orgulho. Não consigo me conformar que ele se deixou levar por sua cabeça. Meu garoto... morreu porque seguiu seus maus exemplos.

Hoje é o dia nacional do "Tales Ferreira Schneider, o assassino".

Puta que pariu!

Jogo o celular em cima da mesinha que está atrás de mim, sem cuidado. A tela já está mesmo trincada. Deveria ter comprado outro aparelho há tempos. Mas, ao contrário do que meu pai acredita, o Nêmesis Rock Bar está a oceanos de distância de ser uma fachada para o tráfico de drogas. O negócio é sério. É o investimento mais responsável que fiz em minha vida desde o curso de Jornalismo.

Minha amiga Fernanda entrou com a grana uma herança que recebeu de seu avô e eu entrei com os conhecimentos do universo do rock e o trabalho duro. Eu poderia também ter entrado com a parte financeira, afinal meu pai, um advogado empresarial renomado, tem dinheiro saindo pela janela, mas eu morro antes de pedir algo a ele. Já basta o apartamento onde moro lhe pertencer.

Guarde-me em seus braços [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora