Tom Riddle é uma espiral assustadora de escuridão, crueldade e grandeza, e transformá-lo é a única esperança de Harry para salvar as pessoas que ama. Voltando no tempo, ele tira Tom do orfanato, mas seu otimismo se estilhaça a cada ano que passam ju...
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PARTE IV : Construindo Fundações.part2
Ele estava flutuando na névoa do entorpecimento, sua mente um lugar vazio, em estado de choque, incapaz de pensamentos racionais. Havia imagens desbotadas e fugazes de destruição, de sangue e morte, de pessoas e do próprio universo caindo aos seus pés, vítimas de sua raiva desesperada, mas mesmo elas não evocaram uma reação. Ele não sabia o que eram. Ele não conseguia se concentrar. O mundo se foi, então talvez ele também se foi. Certamente parecia que sim.
Uma voz suave começou a invadir o espaço vazio. A princípio, Tom o ignorou. Estava muito quieto para realmente sacudir o estupor que o rodeava, e ele não tinha vontade de reagir.
Mas algo continuou acontecendo. A voz ficou mais urgente, chamando-o pelo nome, repetindo cada vez mais alto, e quanto mais falava, mais familiar parecia. Finalmente, seu volume ganhou uma forma reconhecível e as ondas de conhecimento rasgaram a mente em branco de Tom, quebrando o nada.
Lentamente, dolorosamente, ele percebeu o que estava ao seu redor. O quarto - o quarto de Harry, ele mesmo tinha vindo aqui, sim, onde mais ele estaria ...
Atormentar.
Harry, morto. Morto. Imóvel, com os olhos vazios e insuportavelmente indiferentes, ignorando-o, deixando-o para sempre.
Em um instante, o ar sumiu novamente, e Tom respirou fundo, desesperado, segurando a cabeça, um uivo de fúria bloqueando sua garganta.
"Tom!" As mãos de alguém o agarraram pelos ombros, sacudindo-o levemente. "Tom, o que há de errado? Fale comigo."
...O que?
Não. Isso tinha que ser uma ilusão. Harry não conseguia mais falar, não é? Ele se foi. Tom tinha visto isso. Ele checou seu batimento cardíaco e não havia nada lá, nada além de silêncio.
"Tom!"
Mas a voz era tão familiar. Parecia real, e o toque também era real, não havia como negar.
Cautelosamente, Tom ergueu a cabeça e então esqueceu tudo sobre a falta de oxigênio. Harry estava olhando para ele, seus olhos verdes arregalados e preocupados, seus lábios entreabertos, com o ar entrando e saindo.
Vivo. Ele parecia vivo.
"O que aconteceu?" A voz de Harry estava desesperada. Suas mãos continuaram deslizando sobre os ombros de Tom para suas costas inquietamente, subindo para sua cabeça e obviamente procurando por ferimentos invisíveis. "Alguém amaldiçoou você? Você está machucado?"
Tom piscou para ele, sem compreender. O que era ... Harry era um fantasma? Mas se sim, onde estava o corpo? E suas mãos estavam tão quentes, como sempre. Como se nada estivesse errado, como nos últimos minutos - ou foram horas? - não aconteceu.
