Trama de sedução

2

_ Você me chamou? Min entrou no escritório com uma voz suave e intrigada. Namjoon, de costas para a porta ao lado da janela, finalmente guardou o celular no bolso ao ouvir a pergunta.

_ Sim, ele respondeu, virando-se para encará-la diretamente. _ Quero voce responsável pela garota.

_ Claro, mais alguma coisa?

Namjoon alcançou o copo de bebida que havia deixado sobre a mesa minutos antes, ponderando. _ Providencie roupas para ela. É só isso, pode ir. Yoongi se retirou em seguida.

Olho ao redor, sem qualquer indicação do tempo lá fora. A ansiedade me consome enquanto estou presa neste quarto escuro, sem saber o que irá acontecer comigo. Meu corpo está todo dolorido, minhas pernas dormentes, mal consigo me mexer. As pálpebras pesam, minha visão turva lentamente, até que finalmente me perco no sono profundo.

[HORAS DEPOIS]

Quando acordo com o som da porta se abrindo, percebo que estou envolta na escuridão do quarto, incapaz de distinguir qualquer detalhe, exceto por uma sombra projetada pela luz que invade através da porta entreaberta. Uma figura se aproxima lentamente, movendo-se na minha direção, até se inclinar para pegar meu braço.

Finalmente me vejo livre daquelas cordas.

_ Quem é você? - minha voz sai baixa, mas não ouço qualquer resposta de sua parte.

Vejo-o caminhar até o lado oposto da cama e acender o abajur, enquanto começo a massagear meus pulsos marcados por marcas vermelhas e pequenos cortes. Quando olho ao lado, deparo-me com um garoto alto de pele branca e cabelos pretos.

Ele deixa uma sacola sobre a cama, e eu me distraio observando enquanto ele se acomoda em um sofá próximo. Sua cabeça repousa para trás no encosto macio, os olhos fechados, enquanto o quarto fica envolto em um silêncio perturbador.

_ Pode ir tomar banho, é a única coisa que ele diz desde que entrou. Só então percebo que ele já está me encarando, pegando-me completamente de surpresa. _ Oque tanto voce me olha?

_ Hun? Eu... nada, gaguejo, tentando disfarçar.

Com determinação, ergo-me rapidamente e agarro a sacola à minha vista, dirigindo-me apressadamente para o banheiro. Ao chegar, tranco a porta e descanso a testa na superfície fresca, fechando os olhos enquanto respiro profundamente para acalmar minha mente.

Deixo a sacola sobre o vaso sanitário e abro o armário embutido na parede, sentindo um alívio ao encontrar alguns produtos de higiene pessoal, já à disposição. Despojo-me das roupas e abro o registro do chuveiro. A água quente jorra, envolvendo-me com uma sensação reconfortante que ajuda a dissipar as tensões.

Após terminar meu banho, me enrolo na toalha e pego a sacola. Ao procurar por algo adequado para vestir, encontro uma calça e uma camiseta dentro dela.

Ao destrancar a porta do banheiro, respiro fundo antes de sair. Em passos lentos, me coloco para fora do banheiro, e me deparo com o quarto vazio.

Corro até a porta desesperadamente, e percebo que está trancada. Quando percebo que não há outro lugar para escapar. Escuto passos se aproximando rapidamente do outro lado da porta e me encolho no canto da parede.

O desconhecido retorna com um copo em mãos, sua presença imponente me deixa tensa. Ele se aproxima lentamente, estendendo o copo para mim. Com receio, aceito-o, sentindo meu coração acelerar. Com um misto de curiosidade e desconfiança, levo o copo aos lábios e bebo.

Deixo o copo de lado, observando atentamente o desconhecido enquanto ele se afasta e se acomoda no sofá. A desconfiança ainda paira no ar.

Levanto com a solicitação para me aproximar, meu receio aumenta, mas obedeço com relutância, temendo as consequências de desobedecer.