Capítulo 8 - Dreamweaver

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No capítulo anterior: Durante uma patrulha, Deku e Leviathan conversam sobre o descontrole de individualidades que vem acontecendo em Los Angeles. Após salvar um homem que não conseguia dormir, Deku conta a Kacchan sobre sua descoberta e recebe uma foto bem interessante do amigo. Mais tarde, Izuku acaba não conseguindo tirar a imagem da cabeça e comete o erro de se masturbar pensando em Kacchan... de novo.

* Tive muita coisa da faculdade pra fazer, foi mal pelo atraso. Essa capítulo começa bem diferente e de outro ponto de vista, então não estranhem, nossos meninos voltam logo em seguida!

* A fic ganhou uma capa de presente de um leitor, o @akatsudon! Então a partir do próximo capítulo a nova capa será a que está na imagem do capítulo! Achei melhor avisá-los antes de mudar para ninguém ficar perdido kkkk

E como eu não gosto de repostar fanart sem crédito (não façam isso crianças): a arte do Kacchan é de @oohnmoo no twitter e foi originalmente postada no pivix delu https://www.pixiv.net/en/artworks/62150061; e a do Deku pertence a @_DiiL4o no https://www.pixiv.net/en/artworks/87058201

Muito obrigada pelo presente! Agradeçam a ele nos comentários por que ficou FODA PRA CARALHO <3

Boa leitura a todes <3

Nascha sempre tem o mesmo sonho.

Os olhos de sua avó, castanhos e doces como um rio de chocolate, a mão da mulher sobre suas pálpebras, pele sedosa e incompreensivelmente gentil. Ela, na beira da floresta, pequena e tremendo, sentindo os espíritos da terra sussurrarem e a instigarem a ir para frente. Era um ritual sagrado – sua bisavó, avó, mãe, todas tinham trilhado o mesmo caminho.

A coruja de olhos estrelados cuja voz parece com a de sua mãe, pia, e o eco a faz andar. Ela flutua, caminhando junto às estrelas, o universo à frente. Ela mergulha a mão na nascente, sentindo o toque de sua mãe, alcançando ela da sepultura. Fora da água, ela puxa uma tocha; e ela acende quando retirada da água, pegando fogo espontaneamente, ardendo forte. A legítima dona desse poder. Uma tecelã de sonhos. Uma Dreamweaver.

"Isso é abuso infantil e uso não autorizado de individualidade."

Os policiais estão parados na porta da casa simplória e sem vida de sua avó. Eles parecem enojados, uniformes impecáveis e carro reluzente contrastando duramente com a residência, a cabine de madeira, os baldes enferrujados para transportar água da nascente.

"Do que você está falando! Monstros como vocês acham que podem controlar o jeito como temos usado individualidades há gerações?! Não vou deixar vocês –" O corpo de Nascha arde por inteiro e ela agarra o pulso de um dos policiais. Ele olha para ela e ela imediatamente sabe que está em perigo, que está prestes a ser machucada, que esse homem na sua frente não vai hesitar em fazê-la sangrar. Ela fecha o punho, pronta para retaliar – mas as mãos suaves de sua avó seguram seus ombros, a puxando gentilmente, a fazendo olhar para a mulher atrás dela. Ela é pequena, rosto com mais rugas do que pele, sorrindo doce.

"Nascha – não." A voz dela é autoritária mas gentil, e a avó puxa o braço de Nascha, forçando a garota a soltar o pulso do policial. A senhora coloca o corpo entre os dois, levantando os braços, pulsos à mostra. O policial cospe na escada e remexe nos bolsos, puxando as algemas de metal. Ele não hesita em pegar os pulsos da senhora.

"Vovó – por favor, explique por favor! Você não fez nada de errado! Ela não machucou ninguém! Vocês têm que ouvir –" Nascha se sente gritar, lágrimas escorrendo pelo rosto. Impotente. Ela não pode fazer nada. Poderia facilmente achar uma dezena de pessoas da reserva, pessoas que sua avó ajudou, para defender a mulher. Mas tudo que aquilo faria seria apenas adicionar aos supostos "crimes" de sua avó. Impotente, ela vê a senhora ser levada embora como qualquer outro criminoso.

Linhas Cruzadas *EM HIATO*Onde histórias criam vida. Descubra agora