>> Helena
> 23:17Eu- amor - chamo quando saio do banheiro e o olho sentado na cama, sorrindo de orelha a orelha - que foi?
Carioca- tava com saudade de te escutar falando isso - deu de ombros.
Eu- nem parece traficante assim - Eu nego com a cabeça, rindo - eu vou lá conversar com o Gab - coloco um short de pano azul-marinho e uma regata branca - Mas quero conversar contigo quando voltar.
Carioca- parece coisa ruim..
Eu- depende, é bastante coisa. Me espera acordado? - ele assente.
Carioca- espera aí - ele anda até a cômoda e tira alguma coisa da gaveta - dessa vez não pode tirar - disse chegando perto de mim e colocando a aliança no meu dedo.
Eu- não vou - lhe dou um beijo, saindo logo depois - OE DE CASA - grito quando chego e vejo a Isa na cozinha, sem sinal do Gab - alimentando a cria é, cunhada?
Isa- tem que ser né. Quer? - me oferece uma torrada e eu nego.
Eu- já sabe se é menino ou menina? - me sento do lado dela.
Isa- menino - ela sorri - estamos discutindo sobre o nome ainda.
Eu- quero ser a primeira a saber quando se decidirem.
Isa- pode deixar!
Gab- linda, eu não... - para quando me vê - oi.
Eu- oi - franzo a sobrancelha - disse que eu viria lembra?
Gab- lembro.
Isa- é.. O que é que você queria?
Gab- não tava achando um caderno, deixa isso pra depois.
Isa- vou pro banho - guarda os frios na geladeira, prato e faca na pia, pão no armário e sai, deixando eu e o Gab a sós.
Eu- tá bravo?
Gab- tu sumiu.
Eu- por um mês.
Gab- sumiu. Disse que ligaria todos os dias pra mim e me atenderia quando eu precisasse, mas simplesmente sumiu - sua voz não estava elevada, tava em tom normal, mas tão fria.
Eu- eu tava fazendo umas coisas..
Gab- mais importante do que tua família? Porque nem o pai sabia onde tu se meteu, então todo mundo tava começando a se preocupar.
Eu- fiz isso pela família - curta e grossa - sei que eu nunca falei assim contigo e eu odeio. Mas não vem me julgar sem antes saber o que eu estava fazendo. Eu estive contigo em muitos momentos, eu vivo por ti e pelo resto da turma! Fiquei ausente pra tentar nos deixar a salvo, fiz acordos melhores do que tínhamos.
Gab- continua. Quero ouvir a salvadora - se senta na minha frente.
Eu- estavam me ameaçando, a Isa já estava virando alvo e eu precisava descobrir quem estava envolvido. Quando eu descobri, soube que não aconteceria nada enquanto eu não voltasse, então fui atrás de acordo. Com a máfia - ele me olhava atentamente, prestando atenção em cada palavra - ela nos fornece as armas e drogas e porcarias, mas eu queria mais, queria homens. Eles ficam no bem bom, são atacado direto, mas a quantidade de homens, e homens bons de verdade, os deixam fora de perigos letais. Vou te contar, daqui uma semana o morro vai pra baixo se eles não chegarem aqui e era disso que eu tava cuidando. Me desculpa mesmo por eu não estar aqui, escutando tu falar da Isabela 24h por dia.
Gab- eu te desculpo.
Eu- vai se foder moleque! - jogo uma maçã nele, que riu assim como eu.
Gab- eu não tava bravo de verdade contigo, só meio encucado por tudo, mas tá tranquilo - peguei na mão dele através da mesa e fiquei acariciando - quem são? Os envolvidos?
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Morro Do Alemão
Roman pour AdolescentsEla não se protege mais, não liga para si mesma, a única coisa que quer é cuidar das pessoa que tanto ama, principalmente seu irmão menor. E se para proteger eles, ela precisar se machucar todos os dias é isso que vai acontecer, pois doaria sua próp...