Capítulo 29

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>> Isabela

Gab- cala a porra da boca - saíram de trás das mesas, mais nada os separa agora.

Ryan- para meo, tá indo longe demais - encosta no Paulo, tentando afastar, não adianta.

Paulo- e vai piorar - Parte pra cima do Gab..

querendo lhe dar um soco mas desvia do mesmo e o empurra pra longe - depois quem é taxado de medroso sou eu, mas quem recua é você - diz o Paulo sorrindo e se vira andando em minha direção, o Gabriel fica parado, os punhos fechados com força ao lado do corpo, os nós brancos, seu maxilar trincado de raiva. Ele não quer brigar, sei que evita o quanto pode fazer isso no colégio.

Paulo- Isa - me olha de um modo malicioso, me trazendo arrepios quando pega na minha mão - não sei porque ainda fica com ele, um provável traficante, assassino talvez, fica comigo agora? - Se aproxima um passo.

Eu- eu não quero, para de fazer merda Paulo, já tá cansando - afasto minha mão da dele, mas ele parece não desistir.

Paulo- qual é? O que ele faz que eu não poderia fazer? Eu sou bem melhor que o Gabriel, deixa eu mostrar - encosta em meu rosto, mas eu me retraio e ele não gosta nadinha - uma hora tu cede, todas são assim e você não é diferente, quando acontecer te garanto um bom trabalho, gostosa pra caralho desse jeito - diz me olhando de cima a baixo e sinto uma imensa vontade de chorar - te soco a noite toda sem nenhum esforço... - enquanto fala, ele faz que vai tocar minha coxa, mas tem nem tempo antes de eu ver ele sendo puxado e minhas lágrimas surgirem.

Quando percebo os dois estão caindo pelas mesas, derrubando-as.

O Gabriel é o que está levando a melhor, só levou dois socos, enquanto devolveu vários. Nossos colegas gritam torcendo por ele.

Eu- separa eles - peço para o Ryan quando o Gab leva mais um soco. Ele que estava paralisado ao meu lado puxa o Bryan para o ajudar a separar. Não gosto nem um pouco de ver o Gab machucado, já não posso falar o mesmo em questão ao Paulo, que arrisco em dizer que quebrou o nariz, provavelmente quando o Gab bateu a cabeça dele contra o chão uma vez.

Na mesma hora em que eles são separados, com relutância, a professora entra na sala, o Gab se acalma, como se tivesse dito pra ele mesmo, que está bom, o Paulo toca o sangue que escorre no nariz, com expressão de dor. A professora chama dois monitores, os que andam pela entrada.

Professora- leve ele a enfermaria e o Gabriel para diretoria - Quando um deles, vai andar em direção ao Gab ele faz sinal que pare.

Gab- precisa não, tenho perna e posso ir numa boa - antes de ele ir, vou até ele, tocando em seu braço ele se vira - depois você fala sobre eu não dever brigar.. - antes que terminasse eu o abraço e ele parece surpreso.

Eu- obrigada - digo num sussurro e ele me aperta devolvendo o abraço. Já disse que não gostaria de vê-lo brigando, mas por não querer que ele saísse disso com machucados, mas eu o agradeço pela proteção. Me senti muito mal com o Paulo naquele momento, e ele ter feito isso me subiu um conforto, que só o Gab consegue me proporcionar.

Gab- sabe que eu te protegeria a qualquer custo né? - assinto. Agora eu tenho certeza disso. Me afasto um pouco para ver seu rosto, passo as pontas dos meus dedos em seu cabelo, observando os machucados e ele seca as lágrimas do meu rosto.

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