Um Novo Começo - Tom Holland x Reader

Quinto Capítulo

Um Novo Começo - Tom Holland x Reader

Quinto Capítulo

  Tom segurou firme na minha mão e fomos para a fila do Trem Fantasma.

  A fila estava pequena e entramos rapidamente. Quem quer ir em um brinquedo desses? Essa é a razão pela qual a fila está pequena.

  Só fui nesse brinquedo duas vezes em toda minha vida. A primeira vez foi quando todos os meus primos e primas estavam indo e eu não queria que eles pensassem que eu era a prima chorona do grupo. E foi exatamente isso que eles, não só pensaram como tiveram certeza, que sou a prima chorona do grupo. Passei o caminho todo chorando e pedindo para parar. Eu era criança. Na segunda vez, eu já tinha 14 anos. Era um passeio da escola. A essa altura, eu pensei que não sentiria medo de um brinquedo bobo com pessoas fantasiadas de monstros. Eu juro que eu não chorei, e também não vi nada. Depois do primeiro – e muito realista – monstro eu fechei os olhos e passei o caminho todo assim. Um ticket desperdiçado.

  Tom quis esperar o último carrinho.

  Cada carrinho tinha dois lugares na frente e dois atrás. Tivemos que esperar até aparecer mais uma pessoa para ocupar um lugar na frente. Me sinto boba por estar tão nervosa. Eu sei como funciona. Sei que não tem nenhum demônio de verdade lá. E meu medo maior não é mais esse. Eu não quero passar vergonha na frente do Tom.

  – Prometo que não vai ficar com medo, eu não vou deixar isso acontecer – diz ele no meu ouvido sentado ao meu lado.

  Um garoto magricela ocupa o lugar que estava faltando. Os carrinhos da frente começam a entrar em um túnel escuro através de uma cortina preta. Nosso carrinho também começa a ir na mesma direção lentamente. Procuro a mão do Tom e aperto assim que passamos pela cortina. Na entrada está tudo escuro e totalmente silencioso. Eu tento me preparar para o primeiro susto, evitar ele. Repentinamente uma luz branca e trêmula surge no meio da escuridão. Olho em todas as direções tentando encontrar o que quer que for aparecer antes que ele me assuste. Uma risada horripilante ecoa e uma freira aparece segurando uma cruz com a metade de seu tamanho, a cruz termina com uma foice na ponta. Ouço gritos e um deles é o meu, talvez o mais alto. A mesma freira abre a boca e um líquido preto escorre. Não sei o que ela fez em seguida, eu fechei os olhos e segurei com força a mão do Tom. Tudo fica em silêncio de novo, mas não quero abrir os olhos.

  – Desculpe, era pra eu ter feito isso antes – ouço ele dizer sedutoramente em meu ouvido.

  – O que? – Pergunto depois de engoli em seco.

  – Isso – meus olhos ainda estão fechados e me assusto quando ouço mais gritos e ao mesmo tempo sinto dedos quentes tocar meus lábios.

  Em seguida sinto os lábios dele tocarem os meus. Os gritos já não me assustam mais. E já não ouço mais nada. Apenas o som do meu coração oscilando. Da nossa respiração se encontrando. Desejo desesperadamente estar em seu colo arrancando sua roupa com pressa. Sentindo suas mãos quente tocarem cada parte do meu corpo.

  Ele toca meu rosto e afasta seu rosto do meu. Nosso carrinho passa pela cortina preta e agora estamos do lado de fora, de onde saímos. As luzes incomodam meus olhos. Olho para o Tom. Seus lábios parecem inchados. Os meus estão formigando.

  – E aí, como foi sua experiência? – Ele pergunta caminhando ao meu lado.

  – Não sei se eu te conto... – ele olha para mim curioso. – Tinha um monstro safado lá dentro, ele me beijou.

  – É sério? E ele beija bem?

  – Muito bem! Também é bem cheiroso.

  – Bonito?