Lobo eu.

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Me olhei no espelho
E o estranho sorriu
Com dentes afiados, como o de um lobo
Prestes a atacar

Seus olhos eram frios
Gelados e distantes
Não há resquícios de boas emoções neles
E eles te machucam, na alma

O estranho riu para mim
E isso fez eu me arrepiar de medo
Da cabeça aos pés
Sentindo o perigo e temendo pela sanidade

O estranho não fugiu
Era inflexível
Cortante, com más palavras
Jogando contra mim, maldade por todo lado

O estranho
O lobo
No fim
Era eu.

Meu reflexo. Somente meu.

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