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Na rotina da manhã, eu tomava o seu café
Você amava a bebida e me fez a amar também
Eu sentava e escrevia meus poemas
Enquanto, você cantarolava e bebiaEra como um sonho
Parecia perfeito demais
E eu tinha medo de tudo ruir
Tentei não pensar nisso...O castelo desmoronou
O conto de fadas teve um triste final
Agora, estou aqui
Na frente do computador, sóO café já está frio
Sem gosto
Nada será como antes.
Ele não será o mesmo, pois não foi você que fezEu encaro a tela digital
Não sei escrever nada além das minhas decepções
Por que teve que ser assim?
Tento pensar em motivos, mas nada surge em minha menteComo foi que te perdi?
O café gela...
Você se foi...
Só me resta os poemas melancólicosE talvez, eu convide a dor para um café.
Talvez, eu fale com a dor.
Aprenda a sobreviver com ela.Términos acontecem. A dor permanece.
A tela, agora, está preenchida com esse poema.
É uma despedida... A você, pois não irei mais te ter.Bebo um gole. Desce rasgando no meio das lágrimas.
Talvez, eu aprenda a gostar dessa bebida em sua forma mais gélida.Acho que preciso mudar...
Preciso me levantar e fazer meu próprio café.
Pois, é hora de te esquecer.
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Poeme-se
PoetryEscrever é um refúgio; as palavras são uma espécie de terapia. A vida está em cada poema, cada mísero verso e estrofe. Os sentimentos afloram neles e há libertação e o encontro com alguma paz... Por isso, caro leitor, te convido a ler esta obra e...