O Grande Dia

173 10 6
                                    

oie, voltei 💕

____________________________
Draco leu aquela carta por dez minutos seguidos e depois começou a gargalhar. Hermione franziu as sobrancelhas.

— Qual a graça, Malfoy?

Ela disse com a expressão irritada, cruzando os braços sobre os seios. Draco respirou fundo algumas vezes e então se acalmou, deixando apenas o resquício de um sorriso nos lábios.

— Você realmente pensou que eu havia mandado isso a você, Hermione?

Hermione puxou a carta das mãos de Draco e a dobrou com cuidado, colocando no envelope antes de responder.

— Bem, certamente a letra é sua. E não existem muitos Dracos Malfoys no mundo, não é?

Draco umedeceu os lábios e em seguida um vinco se aprofundou entre suas sobrancelhas.

— Eu nunca uso o nome Lúcio nas minhas assinaturas. E essa letra é a do meu pai. Eu conheceria essa caligrafia em qualquer lugar.

Hermione franziu os olhos e encarou o belo homem sentado no sofá de sua casa. Ela tentou falar alguma coisa, qualquer coisa que fosse. Mas tudo parecia tão confuso e ao mesmo tempo tão insignificante. Céus, aquilo havia acontecido a muito tempo, décadas atrás, não havia motivos plausíveis para os dois estarem revivendo aquilo agora.

Mas as batidas rápidas do coração de Hermione e as borboletas que insistiam em dançar no seu estômago não eram algo que pareciam antigos, ali na frente de Draco, era como se o tempo nunca houvesse passado para eles.

Ela colocou a maldita carta em cima da mesinha de centro e sentou ao lado dele novamente, suspirando alto.

— Eu realmente não sei o que dizer.

Ela começou mas ele balançou a cabeça em negativa.

— Porra... eu sinto tanto, Hermione. Meu pai foi tão imaturo e irresponsável fazendo isso. Eu realmente peço desculpas.

Ela sorriu em apoio e sem pensar, colocou a mão em seu ombro, afagando delicadamente.

— A culpa não é cem por cento dele, se tivéssemos insistido mais. Ou se eu tivesse ido atrás de você naquela época...

Draco segurou a mão dela e entrelaçou seus dedos nos dela.

— São tantas possibilidades. Tantos "e se".

Ela olhou para as mãos que agora se tocavam e um arrepio passou por seu corpo. Porra, o toque dele ainda fazia coisas estranhas com ela. Era como uma corrente elétrica, deixando todos os seus nervos a flor da pele em questão de segundos.

— Eu senti tanto a sua falta, Draco.

Ela não sabia por que estava dizendo aquilo, mas agora que começou, não iria parar. E pelo modo como Malfoy encarou-a, ele queria ouvir mais também.

— Eu juro por Deus. Eu pensei que meu coração fosse parar de tanta dor. Nos primeiros dias, eu vivi a esperança de você voltar para mim. De passarmos por cima de tudo aquilo e ficarmos juntos. Mas então veio a carta. Eu chorei por um mês inteiro.

Hermione deu um sorriso triste.

— Babe...

Draco sussurrou, acariciando a bochecha da castanha. Ela apenas balançou a cabeça sutilmente e deu de ombros.

— Você sempre vai ser a pessoa que eu mais amei em toda a minha vida, Draco. Te digo isso com convicção. Mas éramos tão jovens e tínhamos tanto para conquistar ainda. Tanta coisa para viver, tanto para amadurecer. E hoje estamos aqui, casando nossos filhos. Não é irônico? A aliança que deveriam ser nossas, Scor e Rose que usaram depois de amanhã.

Por Nossos Filhos - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora