Explicações

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Burra. Idiota. Ingênua.
Era isso que Hermione repetia inúmeras vezes enquanto descia pelo elevador e pegava um uber até sua residência.
Como ela pode ter sido tão burra?
Como ela pode ter se deixado seduzir por aquele babaca de olhos azuis?
Depois de tantos anos. Ela não tinha aprendido nada da última vez?

Assim que ela chegou no conforto da sua casa, ela desabou no sofá mesmo. Ela não tinha forças para ir alem disso.

A campainha começou a tocar insistentemente, mas ela não queria ver ninguém. Muito menos se fosse Draco ali. Seu coração estava partido e tudo que ela queria era paz.

-- Hermione, por favor. Abre a porta. Vamos conversar.

Draco implorou do lado de fora. Ela enfiou a cabeça debaixo de uma almofada e decicdiu que se ela o ignorasse por tempo suficiente, ele cansaria e iria embora. Que tola ela era.

O loiro estava convicto de que não sairia dali enquanto não conversasse com sua amada. A visita de Astoria naquele exato momento havia sido o maior inconveniente de toda a sua vida. Um mal entendido que ele precisava explicar a ela. Ela não deixaria que o amor de sua vida escapasse de suas mãos uma segunda vez. E por mais zangada que Hermione pudesse estar, ele não desistiria e ficaria na porta da casa dela pela eternidade, se assim fosse necessário.

— Hermione, você precisa me deixar entrar. Eu tenho uma explicação para o que você viu. Baby... por favor.

Draco falou e mais lágrimas desceram do rosto da castanha. Ele encostou a testa na madeira fria da porta e suspirou, tentando pensar em algo que a fizesse sair. Lembrou de Rose, mas a mesma havia saído a pouco para sua lua de mel, não poderia importunar sua nora naquele momento.

Então como se uma lâmpada se iluminasse sobre sua cabeça, ele pensou em alguém. Nela. A sua melhor amiga de infância e a única pessoa que seria capaz de fazer Hermione abrir a porta. Pegou o celular e procurou por seu contato, iniciando uma chamada logo em seguida. No terceiro toque, ele ouviu a voz daquela que seria sua salvadora.

— Malfoy?

A ruiva falou com um que de estranhamento.

— Ginny, preciso que me ajude.

Então ele lhe explicou toda a situação. Desde o momento que Astoria chegou no seu quarto, até o presente. Onde ele estava pateticamente sentado em um dos degraus da casa de Hermione, esperando por um milagre. A ruiva riu baixinho e Draco se empertigou.

— Fico feliz que meu sofrimento sirva de diversão para você.

Ele quase pode ouvir a outra revirar os olhos.

— Não é isso. É que mesmo depois de anos, vocês ainda são dois idiotas que não podem ficar sem supervisão de um adulto que vão lá e fazem uma grande merda. Escute, Draco. Dê um tempo a ela. Logo ela estará mais calma e vai ouvir você. Ela ainda o ama. Fique tranquilo. Estarei passando aí daqui a pouco, vou ver o que posso fazer.

Draco respirou aliviado e deu um meio sorriso.

— Obrigada, Weasley.

— De nada. E pelo amor de Deus, vê se manda essa sua ex ir para o outro lado do mundo, por que se eu encontrar ela, eu mesma me vingo pela minha amiga.

Os dois riram e então ela desligou. Feito isso, Draco encarou a porta de sua amada uma última vez e então se obrigou a ir embora. Ginny estava certa, eles não iriam conseguir resolver nada enquanto Hermione estivesse zangada. Ele entrou no seu carro e dirigiu até a casa de sua mãe, rogando aos céus que a ruiva pudesse colocar um pouco de juízo na cabeça da amiga e fizesse com que ela o ouvisse.

Por Nossos Filhos - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora