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César: Quer ficar com todas?

Alan: Maior fominha essa porra!

Bernardo: To pegando ninguém não. — neguei com a cabeça e dei um trago no baseado.

Alan: Ta não... nos te conhece danado.

Bernardo: Conhece nada, seu porra. — demos risada.

César: É aquilo, quem come quieto come sempre...

Bernardo: Essa é a missão, cuzão. — dei risada. Peguei meu celular e tinha mensagem de algumas meninas, respondi algumas e outras só apaguei.

Eu já tava ficando alegre. Me deu vontade de mijar, fui atrás de um banheiro. Sai andando em direção ao bar do tio Geraldo. Encontrei a Lara conversando com um dos moleques que trabalham pro meu pai, o Theo. Já fui na difração deles.

Theo: E ai irmão.

Bernardo: Trabalho ai, Lara? — nem respondi o parceiro.

Lara: Ta, só trocando uma ideia. — ela sorriu.

Theo: Ta bem cuidada a gata da irmã, relaxa. — ele passou a mão em volta da cintura da Lara. Já me subiu o ciúmes.

Bernardo: Precisa encostar não irmão. — puxei a Lara pelo braço.

Theo: Só você pode encostar na irmão dos outros.

Bernardo: To encostando na sua irmã!? — disse peitando ele.

Lara:  Ber, por favor. — ela segurou no meu braço.

Bernardo: Você sai de perto da Lara, caralho. — dei um cabeçada dele.

Théo: Ta maluco caralho!? A mina não é sua não, parceiro.

Bernardo: Sai andando truta.

Lara: Ber, para com isso.

Theo: Isso não vai ficar assim não. Ta pegando todas nessa porra, até a irmã, caralho! — não pensei duas vezes e meti o soco na cara dele. E já começou aquele alvoroço todo em nossa volta.

Lara: Bernardo, pelo amor de Deus! Quer estragar tudo? — eu estava cego, sabia que estava colocando em jogo meu lance com a Lara. Mas não aguentei ver esse maluco cheio de intimidade pra cima da minha garota. Do mesmo jeito que eu dava soco, cabeçada nele, ele fazia o mesmo, alguns socos pegava em mim, outros eu desviava.

General: E ai, caralho. Parou essa porra! — meu pai falou firme entrando no meio.

Bia: Filho! — ouvi a voz da minha mãe e na hora parei. Vi minha mãe Lorena segurando ela.

General: Acabou essa palhaçada!

Theo: Vamo trocar essas ideias ainda, filho da puta. — ele apontou o dedo na minha cara e saiu andando. Vi alguns dos caras do meu pai indo atrás dele.

General: E ai, filho. Qual foi? — meu pai disse bravo.

Bernardo: Quero falar agora não, depois trocamos essas ideias.

General: Bernardo! — respirei fundo e olhei pra ele. — Vai. — minha brisa e animo de ficar no pagode acabou toda, resolvi ir embora.

Estava escrito | Temp. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora