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As bonitas ficaram decidindo qual bebida seria, e eu só queria minha cervejinha gelada e uma porção de peixe fritinho.

Lara: Pede então uma bebida tranquila, uma ciroc. — ela disse dando risada.

César: Nossa, super tranquila!

General: Tranquila é água, no máximo água com gás e limão! — ela revirou os olhos. — Vou ser bonzinho e pegar caipirinha pra vocês.

Maitê: De vodca! — ela fez cara de manhosa.

Lorena: Pede logo Caíque, fica fazendo cena atoa ai.

General: Me respeita caralho!

Lorena: Me respeita você, oxi! Sabe que as meninas bebem e fica de fogo. — essas briguinhas dos dois me irritam, porque meu pai quando quer tratar minha mãe mal, não mede esforços.

General: Cala a boca, Lorena... na moral.

Luísa: Cala a boca você Caíque, ta falando demais. Vão lá nenéns pedi o que quiserem! — minha vó falou mais firme e meu pai fechou a cara.

General: Chegar em casa vamo trocar um papo, Lorena! — ele disse encarando minha mãe que ignorou ele. As meninas levantaram e foram pedir as bebidas. As porções de peixe e os dois baldes de cerveja chegaram. Enchi meu copo e dei um gole. Meu celular começou a vibrar e era a Camila, uma menina que conheci no campo e tava trocando ideia com ela.

| wpp on |

Cá: Oi, tá por onde?

Bernardo: E ai, coração!
To no Rio...

Cá: Pensei que tava na favela, ia te chamar pra beber uma cerveja.

Bernardo: Vem pra cá!
[imagem]

Cá: Olha... geladinha!
Se fosse aqui em São Paulo, dava...
Volta quando?

Bernardo: Ainda não sei gata.

Cá: Tá com a família ai?

Bernardo: Tô sim, tirando um lazer.... — a Lara sentou do meu lado e ficou olhando pro meu celular, bloqueei ele e olhei pra ela.

| wpp of |

Bernardo: Pediu? — encarei ela e a mesma me olhou sem graça.

Lara: Pedi! — ela disse seca.

Bernardo: Que foi? — encarei ela e perguntei baixo.

Lara: Fica nessa bosta aí conversando com a Cá. — ela sorriu sem animo, revirei os olhos

Bernardo: Lara, fala sério!

Lara: Tô rindo? — ela tentava disfarçar nossa conversa.

Bernardo: Para de ciúmes, pretinha. — passei a mão na perna dela de leve.

Lara: Então continua nessa porra ai! — ela levantou com tudo e sentou do lado da minha vó Mirela. Respirei fundo e dei um gole na cerveja e fiquei beliscando a porção de peixe.

Alan: Vamo ali da um trago? — ele disse baixo.

César: Vamos!

Bernardo: Tô tranquilo.

Alan: Já volto ai, então. — eu tava tão puto que nem quis ir fumar. Fiquei de boa conversando com o pessoal.

Lobão: E você moleque?

Bernardo: Eu o que?

Lobão: Vai seguir os passos do seu pai?

Bernardo: Não pretendo não. Quero fazer uma faculdade... Mas não sei o dia de amanhã. — sorri sem mostrar os dentes.

Lobão: Tá certo! Tu é muito novo ainda, tem tempo pra pensar. — concordei com a cabeça. Na verdade, nunca tinha parado pra pensar em entrar pra esse mundo. Cresci vendo meu pai no corre, vez ou outra vou no corre também, mas nunca pensei em entrar pro movimento.

Olhei pra Lara e ela tava dando risada com minhas vós. O ruim de ninguém saber que estamos juntos é de não poder dá um grito nela e fazer ela ficar do meu lado mesmo com raiva.

Estava escrito | Temp. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora