E se o Manuel voltasse para a Espanha? - Parte II

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Parece que eu voltei mais rápido do que esperavamos hehe

Eu disse que traria logo a próxima parte se comentassem dizendo se gostaram, então agradeço a todos pelo apoio desse meu surto aaaaaaaa

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Manuel

- Se por ficarmos juntos magoamos as pessoas que mais amamos, talvez seja melhor não ficarmos juntos.

. . .

- Olha, não vamos mais nos machucar. Eu acho melhor que cada um siga o seu caminho.

- É o que você quer?

. . .

- Deve ter alguma solução e vamos encontrar juntos.

- Não importa o que acontece, sempre tem alguma coisa que nos separa. Talvez seja o momento de aceitarmos que o nosso amor é impossível.

"O nosso amor é impossível." - Essa frase me perseguiu por semanas, por meses; e naquele instante, parecia que eu havia voltado no tempo.

Achei que teria um ataque cardíaco bem ali, quando senti o meu corpo ficar sem reação, como se todos os meus nervos morressem. Não sabia o que era respirar, não conseguia me mexer, desaprendi até a falar.

Bia, era mesmo ela ou eu estava sonhando?

Ela não tinha mudado muito. Os cabelos estirados e a roupa social mostravam o quanto havia se arrumado, mas a maquiagem permanecia simples. Típica Urquiza. Agora, uma tremenda mulher.

- Manuel? - Charlie chamou. - Gutierrez? Quemola? Ele tem outro sobrenome? - Perguntou para o nosso colega ao lado que deu de ombros.

- Oi... - Me obriguei a virar o rosto, não deixando de observá-la perpendicularmente se acomodar em uma das cadeiras.

- O que acha desse ângulo? Está bom?

- Não... quero dizer, sim. Não, é...

- Cara, o diretor vai te matar se não ficar bom. Ele tá confiando em você. Melhor se concentrar. - O operador de câmera me alertou.

Ele tinha razão. Aquela era uma ótima oportunidade, eu não podia vacilar. Encarei a folha com as instruções gerais em minhas mãos e as imagens surgiram espontaneamente. Os momentos em que ela era a minha modelo no parque, mesmo para uma câmera polaroid. Os quadros que ela mais amava, os ângulos ideias... eu ainda me lembrava.

- E aí, podemos gravar? - A jornalista questionou.

Os minutos seguintes consistiram basicamente em nós dois fingindo que éramos estranhos. A brasileira fazia de tudo para que o seu olhar não cruzasse com o meu novamente, mas eu não tinha como escapar, já que a sua imagem achava-se regularmente nos visores e monitores portáteis que eu analisava.

Por ora, percebi que ela rodava os anéis em seus dedos sem parar, ato frequente quando a ansiedade e o nervosismo "falava" mais alto dentro de si. Pelo menos, eu não era o único suando frio, e não nego que procurei a existência de uma aliança. Ao que parece, não havia nenhuma relacionada a algum compromisso romântico.

- Algo mais te motivou a vir a Madrid?

Pergunta interessante.

- Sim. Na verdade... - Ela abaixou a cabeça rapidamente, antes de responder a entrevistadora - Eu fiquei bastante surpresa, tanto que mal sabia como me expressar. Nunca imaginei vir à Espanha, ainda mais para uma exposição com a minha arte, já que eu estou começando a ganhar experiência agora. Então, fiquei preocupada se seria realmente uma boa ideia.

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