What if Disney Bia?

E se Manuel pedisse Bia em casamento?

Bia

Naquela noite, o céu estava estrelado e a Lua cheia iluminava as ruas de Buenos Aires.  Cheguei a frente da República Kunst esbanjando ansiedade. Manuel havia me convidado mas eu não sabia bem o motivo, então minha curiosidade estava a mil por hora.

Ao abrir a porta da enorme construção, o local estava escuro na entrada.

- Manuel? - chamei, passando do Hall de entrada indo em direção a sala. Não obtive resposta.

Foi então, que eu vi aquele lindo caminho  de petalas de rosas vermelha, acompanhado de pequenas velas que deixavam a iluminação num clima romântico.

Minha atenção se voltou para a música que se iniciou de algum lugar dali. Cuentáles. A música foi gravada apenas ao som instrumental do piano, deixando-a ainda mais lírica. Meu coração se derretia cada vez mais a cada segundo. Levantei o olhar para as paredes, onde fotos estilo polaroid minha e de Manuel estavam espalhadas.

Eu me encontrava em estado de transe. Meus olhos deviam estar brilhando por tamanho encantado que estava sentindo. Foi então que senti aquele cheiro familiar, cheiro brasileiro.

Ainda deslumbrada, caminei seguindo o caminho de pegalas de rosas e velas, que levavam até a cozinha, onde o enorme balcão estava forrado com uma toalha branca, várias petalas espalhadas e no centro lindos castiçais com velas acesas, além das taças, pratos e talheres postos ali.

Examinando mais um pouco o lugar, encontrei aquele lindo par de olhos cor-de-mel, me encarando com seu brilho habitual. O seu sorriso era encantador, o que fez meu coração se derreter mais um pouquinho.

Manuel usava um pano de prato sobre os ombros, o que lhe deixava uma gracinha.

- Oi. - falei em português  - Eu... não tenho palavras - ainda com um sorriso ernome em meus lábios - Está tudo maravilhoso, meu amor.

-Fico feliz que tenha gostado - ele se aproxima de mim e segura minhas mãos - A noite está apenas começando.

- Ainda pode ficar melhor? - perguntei olhando em volta - Está perfeito.

- Espero que sim - humideceu os lábios, amava quando fazia isso - Mas terá que esperar um pouquinho.

- Não gosto muito de esperar - fiz um biquinho, fazendo com que ele risse.

- Vai valer a pena. - tocou meu nariz fazendo graça.

- Estou sentindo esse cheiro - suspirei - Feijoada?

- Quis trazer um pouquinho do Brasil para a nossa noite. - ele sorriu e me puxou para perto do fogão, abrindo a panela.

- Você que fez? - olhei para ele ainda mais encantada.

- Sim. - voltou a tampar a panela - Esta noite, eu irei lhe servir senhorita Urquiza. - me guiou até a bancada.

- Estou ansiosa. - me sentei.

- Se não estivesse, não seria você. - ele se inclina me dando um beijo rápido  na bochecha.

- Onde estão todos? Estamos somente nós aqui? - perguntei enquanto ele servia o vinho em nossas duas taças.

- Estamos sozinhos, o pessoal está no Fundom, a meu pedido - riu.

- Expulsou os moradores da Republica Manuel? - fingi estar indignada.

- Apenas por está noite. - ele caminhou até a panela, trazendo-a para a mesa - Hora do veredito da minha brasileira preferida.

- Vamos ver se está a altura. - me servi, logo colocando uma garfada da comida em minha boca, sentindo aquele gostinho familiar. - Está perfeito.