What if Disney Bia?

E se acontecesse o casamento Binuel? - Lua de Mel

Entre os sons mais abrangentes, o canto dos pássaros eram evidentes, misturados aos leves movimentos das folhas de pinheiros. O sol clareava perfeitamente o céu que estampava um azul com traços de nuvens inspiradores naquela manhã.

O clima da Espanha era razoável.

O chalé ficava ao meio da floresta. Uma área verde e reservada em Madrid, onde as pessoas poderiam alugar algumas cabanas para passar o período marcado. Após as últimas férias no Rio - primeira vez que Manuel havia ido ao Brasil - o espanhol resolveu surpreender sua esposa com uma lua de mel em um lugar que ambos já haviam imaginado.

"Eu te imagino em uma cabana de pintura no meio da floresta." - As palavras do Gutierrez retornavam a mente de Bia, enquanto ela pincelava a tela no cavalete armado na varanda. A vista que ela tinha consistia no lago à frente repleto de arbustos e algumas árvores floridas de amêndoa ao redor.

Ainda vestindo a camisola coberta por um robe de seda esverdeado, ela sorriu ao lembrar da suposição aparentemente boba de quando eram mais jovens, agora se tornando realidade.

Talvez ele já estivesse planejando aquilo?

Ela melou a ponta do pincel na paleta para contornar a curva de um dos desenhos que daria vida aquela pintura, inteiramente imersa nos pensamentos que fazia crescer sua paixão e deslumbre por tudo que vinha acontecendo.

Então, mãos quentes são sentidas passeando suavemente por seus braços e chegando a sua cintura. Ela não precisou pronunciar uma só palavra, se aconchegou, encostando a cabeça no peito dele e parando o que se encontrava fazendo, enquanto Manuel completava o abraço.

- Bom dia. - Ele praticamente sussurrou no ouvido de sua esposa, ao curvar-se para deixar um beijo no pescoço da mesma.

- Bom dia. - Devolveu no mesmo tom, fechando os olhos e permitindo que a conhecida sensação de estar perto do eterno garoto do piano percorrer-se o seu corpo.

- Por que levantou tão cedo?

- Eu quis aproveitar a inspiração que essa paisagem me dá.

- Como havia te imaginado. - Riu rente à orelha dela, que compartilhava do sentimento nostálgico. - Eu devo ser o cara mais sortudo do mundo.

- Por que?

- Porque agora eu tenho a esposa mais linda... - O homem depositou outro beijo no pescoço da Sra. Guiterrez. - ... do mundo. - Outro beijo na mesma região. - Talentosa e... - Ele finalizou afastando parte do tecido que cobria o ombro da mais nova para também deixar sua carícia ali. - Compreensiva.

- Hum... - Bia com todo o pouco autocontrole que possuía, buscava se manter lúcida. - O que você fez, hein?

- Eu?

Sua cara era inocente. Inocente demais para quem conhecia Manuel Gutierrez á tempo suficiente de saber o que significava. Ela levantou seu rosto, sem desprender-se dele e mostrou um olhar desconfiado que o fez engolir em seco.

- Como você sabe? - Ele perguntou, tenso.

- Eu te conheço, e senti um cheirinho de queimado minutos atrás.

O espanhol deu um sorriso travesso ao soltá-la. Coçou a nuca, observando-a ficar de frente para si.

- Digamos que o meu plano de fazer nosso café da manhã foi por água abaixo.

- Não acredito! - Uma falsa indignação transpareceu na voz e na face da brasileira, antes de deixar se entregar aos risos. - Posso afirmar que como cozinheiro, você é um excelente pianista.