N/A: Oya oya
Gente, essa é mais uma fic que eu escrevi pro projeto Palácio Turquesa no Spirit ( https://www.spiritfanfiction.com/perfil/0159e1aa43004505bf874f6f962344 ) e tem seis capítulos mais um epílogo e mais um capítulo extra. Ta tudo prontinho então não precisam se preocupar com a história atrasar.
É omegaverse, como devem ter lido nas tags (sempre leiam as tags!!!!!), tem alguns gatilhos como menção a estupro, cenas de violência e etc, mas vou avisar no início de cada cap quando tiver algo assim.
Pra quem é fã de Game of Thrones, meus iwaoi dessa história foram baseados no Drogo e na Daenerys (mas sem a parte do estupro, rs).
AVISOS: nesse capítulo tem cenas de nudez e humilhação.
-x-
Como era de se esperar naquela época do ano, o dia estava quente e abafado. A rua abaixo, pavimentada com lajotas de cores, formatos e tamanhos diferentes, refletia a luz do sol escaldante, ferindo os olhos de quem olhasse por muito tempo.
No terceiro andar do palácio, o príncipe de Aoba Johsai observava o movimento na rua com interesse, vendo as barracas de comerciantes atulhadas de bugigangas e transeuntes atravessando a rua para lá e pra cá, comprando e negociando produtos. A maioria pareciam ser criados de famílias abastadas, realizando mandatos para seus patrões. Havia um ou outro pedinte, que logo era escorraçado pelos guardas locais.
Tooru estava ficando impaciente a cada instante que passava, esperando por alguém que nem sabia quem era.
No dia anterior seu irmão tinha dito a ele, com um sorriso no rosto, que ele devia se preparar, por a roupa mais bonita e se banhar nos óleos mais cheirosos, pois um pretendente iria visitá-lo naquela tarde. O sorriso do irmão, porém, era azedo como sempre tinha sido, sem um pingo de afeto. Por isso, um pouco temeroso, o ômega não sabia o que esperar.
Nunca havia tido nenhum tipo de amor entre ele e o irmão mais velho. O beta e herdeiro do trono de Aoba Johsai sempre tinha desprezado e maltratado Tooru. Kazuo o culpava pela morte da mãe deles, que tinha sofrido complicações durante o parto de Tooru e morrera logo após dar à luz ao ômega, sem nem ter segurado o filho nos braços.
O príncipe Oikawa nunca esqueceria dos beliscões que lhe deixavam hematomas, dos insetos colocados propositalmente dentro de suas roupas e em sua comida, dos escorpiões que ele volta e meia encontrava sobre a cama e muito menos dos olhares de puro ódio que eram direcionados a ele toda vez que o irmão o via.
O ômega tinha tentado alertar o pai sobre o que acontecia, mas o velho rei alfa nunca acreditava que seu primogênito, sempre afável e educado com todo mundo, pudesse ser cruel com o irmão caçula. No dia da morte do pai, um ano atrás, enquanto todos estavam ocupados com os preparativos para o funeral, Tooru conseguiu escapar do palácio. Sabendo que sua vida seria um verdadeiro inferno com Kazuo como rei, ele não hesitou quando viu uma brecha na segurança e saiu às cegas pelas ruas.
Ele não planejou o que faria depois de fugir, então vagou sem rumo, se disfarçando com roupas velhas e rasgadas, o rosto sujo e o cabelo desgrenhado. Se passando por um pedinte qualquer, o príncipe passou dois dias fugindo, se afastando do palácio, até ser farejado pelos guardas do seu irmão ㅡ agora seu rei também.
Depois de Tooru ter sido levado de volta para casa à força, Kazuo mandou instalar uma grade na varanda e na janela de seus aposentos para que ele não tentasse fazer algum tipo de corda e fugir por lá. Sua porta passou a ser vigiada dia e noite. As refeições eram trazidas no quarto e só podia sair algumas vezes por dia para ir ao banheiro ou quando seu irmão estava com o humor azedo o bastante para dividir a mesa com ele.
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Petrichor (iwaoi)
FanfictionPetrichor, do grego "petros", que significa pedra. E "ichor", que quer dizer "o fluido que passa pelas veias dos deuses". Ou, em outras palavras, aquele cheiro característico de terra molhada. Oikawa sempre buscou ser livre. Desde que se lembrava, a...