Capítulo 6

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N/A: ÚLTIMOOOOOOO CAPÍTULOOOOOOOO

AVISOS: gente, esse capítulo tem cenas bem pesadas de luta e violência, ok? MAS EU JURO QUE TEM FINAL FELIZ!!!!!!!!


-X- 


O rubor tomou conta do rosto de Tooru quando ele se encontrou com Yahaba pela manhã e o outro ômega o farejou, sorrindo de lado depois.

Tooru sabia que o cheiro de Hajime estava impregnado em cada poro de seu corpo. E se isso não fosse o suficiente, tinha a marca atrás de seu pescoço e o mapa de mordidas e chupões que Iwaizumi tinha deixado por sua pele.

- Dormiu bem, Oikawa-sama? - Tooru tentou olhar feio para ele, mas Shigeru apenas riu.

Para a surpresa dele, ninguém mais na alcateia parecia ligar para o fato de que ele e Hajime agora compartilhavam um laço. Exceto pelo comentário cínico de Hanamaki que alfinetou dizendo que logo teriam novos filhotes na alcateia.

Tooru nunca tinha pensado muito no assunto, a ideia de conceber uma criança costumava o amedrontar e ele preferia ignorar o fato de que um dia poderia engravidar. Porém na noite passada Hajime tinha confidenciado a ele o quanto queria filhos e, surpreendentemente, Oikawa se pegou pensando que daria ao alfa quantos filhotes ele quisesse.

Com Iwaizumi ao seu lado, ele não sentia mais tanto medo.

.......................

- Então, Kyoutani me contou que nós vamos embora amanhã de manhã. - Yahaba informou a Tooru assim que deixaram o cercado das crianças.

O ômega instintivamente olhou para a colina que se erguia a oeste. O sol já começava a se esconder atrás dela e logo ficaria totalmente escuro.

- Nós viemos de lá, certo? Demos a volta pela colina. - ele apontou a direção para onde olhava. Shigeru parou e olhou para aquele lado também, assentindo. - Eu quero ir lá... quer dizer, quero subir a colina, olhar uma última vez para a minha... - casa? Ele se calou antes de continuar, não por medo do que o outro ômega iria pensar, mas por que ele não via mais o palácio onde cresceu como sua casa desde muito antes de Iwaizumi o tirar de lá.

Yahaba pareceu hesitante, mas por fim aquiesceu. Eles prepararam os cavalos - Hajime tinha ensinado a Tooru uns dias atrás como o fazer - e, depois de prontos, seguiram em direção a colina por um caminho diferente do qual tinham feito quando chegaram àquele local.

De perto, as árvores eram muito mais próximas do que pareciam e Tooru pôde notar que o bosque era bem fechado, sendo iluminado apenas pela pouca luz que era filtrada por entre as copas das árvores. Os cavalos subiam devagar o terreno íngreme e, no meio do caminho, quando as árvores eram ainda mais fechadas e as raízes muito altas, eles tiveram que apear dos animais, deixando-os amarrados e continuando a pé.

Tropeçando nas raízes e sentindo os galhos arranhando seu rosto e braços, Oikawa estava começando a achar que a empreitada não valia a pena e estava quase abrindo a boca para dizer ao amigo que era melhor eles darem a volta, mas então as árvores finalmente rarearam quando eles chegaram ao topo da colina. O ômega se curvou ofegante, apoiando as mãos nos joelhos.

Ele nunca fora muito de exercício físico, mas não fazia ideia do quão fora de forma estava, ainda mais que o percurso feito a pé não tinha sido tão longo. Quando ele levantou a cabeça, porém, todo o cansaço, as dores nas pernas e ardência dos arranhões foram esquecidos.

A vista roubou seu fôlego e ele piscou várias vezes, tentando conciliar o que via com o lugar onde havia crescido.

Oikawa raramente deixava o palácio. Quando o pai precisava fazer alguma visita diplomática, levava apenas o príncipe herdeiro junto. Tooru só era levado quando era alguma viagem curta, então não fazia ideia de que o lugar onde cresceu era tão grande.

Petrichor (iwaoi)Onde histórias criam vida. Descubra agora