N/A: oi oi gente, eu falei que ia atualizar domingo, mas mudei de ideia e resolvi fazer as atualizações nas quartas e sábados :p
AVISOS: menção a estupro e cenas de violência
-x-
- Você não tem o direito de me vender pra um selvagem. Eu sou um príncipe. - Tooru berrava na cara do irmão, ainda agarrado ao manto que cobria seu corpo nu.
Eles estavam na sala que tinha sido o escritório do pai deles e agora pertencia a Kazuo.
O irmão tocou a fina cicatriz na garganta, como se fosse um lembrete de que ele não poderia dar uma surra no irmão caçula. Tooru o viu ranger os dentes e agarrar com força o braço da cadeira.
- Eu sou seu rei e posso fazer o que quiser. É o melhor negócio pra mim, irmãozinho. Me livro desses bárbaros imundos passeando por nossa cidade e de uma vadia assassina como você. E, aliás, foi ele mesmo quem propôs o acordo. - Kazuo riu - Imagine só, o bárbaro gostou de você.
Os olhos de Tooru ainda ardiam e ele engoliu de volta o bolo na garganta. O rei Oikawa levantou da cadeira e passou a caminhar de um lado a outro atrás da mesa e continuou a falar
- Eu não sabia o que fazer com você. Pensei em conseguir um casamento com algum príncipe de longe, mas seria um favor a você e eu queria fazê-lo sofrer por ter matado minha mãe. - o ômega abriu a boca para protestar, mas desistiu após o olhar que o irmão direcionou a ele - Então deixei você preso no quarto até resolver, mas acabei muito ocupado com meus afazeres reais. Mês passado o líder dos selvagens mandou uma carta, propondo o acordo, e na hora me repreendi por nunca ter pensado nisso. - o irmão riu novamente, um som que causou calafrios no príncipe - É fantástico! Eu me livro desse incômodo que é dar nosso ouro para esses selvagens imundos e você ainda será a égua reprodutora do líder deles.
Tooru recuou alguns passos para a porta, em choque com as palavras do irmão e pelo profundo desprezo contido nelas.
- Ou quem sabe... - Kazuo pôs a mão no queixo, parecendo pensativo - Ele vai deixar toda a alcatéia te foder. Aposto que vai te dar até para os cavalos. Pois, afinal, é somente para isso que vocês, ômegas, servem: para abrir as pernas para qualquer um e cuspir crias.
O ômega sempre soube que o irmão era perverso, mas aquilo era desumano demais até para ele.
- Eu nunca te fiz nada... - o príncipe sussurrou com os olhos marejados. O irmão o olhou como se tivesse crescido outra cabeça nele.
- Você matou minha mãe. - Kazuo nunca se referia a mãe deles como "nossa", sempre tinha sido "minha".
- Não... - Tooru sacudiu a cabeça. - Não foi culpa minha... não foi...
- É claro que foi. Se o papai e ela não tivessem resolvido ter outro filho, ela estaria viva agora ou teria vivido por muitos anos mais. E o papai sempre o idolatrou só porque você é parecido com ela. Ele nunca enxergou o monstro que você é.
Kazuo tinha se aproximado dele agora e praticamente cuspia as palavras em sua cara. Tooru apenas balançava a cabeça, espantado demais para retrucar, encarando os olhos cheios de ódio do irmão.
- Guardas! - assim que o rei chamou, dois homens entraram na sala - Levem isso... essa coisa de volta para o quarto.
Com os olhos ainda grudados no irmão, Tooru se deixou ser levado para fora da sala.
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O príncipe Oikawa mal viu passar os dois dias seguintes. Ele comeu porque guardas o obrigaram a fazer e se banhou porque criados foram banhá-lo. Fora esses momentos, ele ficou encolhido sobre a cama, quieto e agarrado aos travesseiros. Ele mal notou quando criados vieram vesti-lo e guardas o fizeram sair do quarto. Ele tinha ouvido os sons dos cavalos e dos selvagens na rua abaixo, mas não se levantara para espiar pela janela.
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Petrichor (iwaoi)
أدب الهواةPetrichor, do grego "petros", que significa pedra. E "ichor", que quer dizer "o fluido que passa pelas veias dos deuses". Ou, em outras palavras, aquele cheiro característico de terra molhada. Oikawa sempre buscou ser livre. Desde que se lembrava, a...