Regras Básicas de Convivência

9.2K 847 23
                                    

Estava com a sensação estranha de estar sendo observada, mas meu sono estava tão bom que eu não queria abrir meus olhos, contudo, após uns minutos em que meu cérebro paranóico me acordou pra valer eu desisto de voltar a dormir e abro meus olhos dando de cara com o homem me encarando atentamente e com o susto me levanto rápido demais batendo com a minha testa na testa dele, aí que dor, minha nossa, esse homem só pode estar de brincadeira.

- Aí, merda...perdão - toco na minha testa e na dele, ele me encara com a sobrancelha levantada enquanto massageava sua fronte.

- Não foi nada, senhorita Eleanor - sua voz grossa é pronunciada novamente após dois dias desacordado.

  Tom Riddle, passou dois dias desacordado, eu dava banho de leito para ele duas vezes ao dia, já que ele  suava muito sempre que tinha pesadelos terríveis onde ele chamava por alguém chamada Mérope, eu sentava ao seu lado e o acalmava com palavras de carinho sempre que ele começava os seus pesadelos internos, minha falecida avó sempre falava que quando estamos em uma espécie de "coma" vemos todas as coisas que nós mais tememos, que mais desgostamos...não sei se é verdade, mas Tom sempre tinha muitos pesadelos e se debatia algumas vezes.

Procurei por alguém chamado Tom Riddle em toda a Londres, mas o que achei foram dois homens nascidos em 1905 e morto em 1943, o outro nasceu em 1926 não tem nada do que aconteceu a ele, depois disso, não tem nada, é impossível, por mais que bruxas e vampiros existam, segundo minha amiga, vampiros não eram bonitos e esse Tom Riddle, infelizmente é o homem mais bonito que eu já vi, ele com certeza não é um vampiro...é um bruxo, mas...não sei, ele é um enigma para mim, não tem nada sobre ele, quase como se fosse um fantas.

- Bom...de qualquer forma, bom dia Tom - falo ao me levantar da minha cama e me espreguiçar - só te peço que pare de me olhar dormir por favor, eu detesto ter meu sono interrompido e principalmente ser vista babando durante a noite - o deixo para trás ao entrar no banheiro.

  Tomo meu banho demorado e colocando meu roupão, vou indo para a cozinha fazer meu café-da-manhã, abro a porta do armário da mesma e vejo o pote de mel na parte alta do armário.

- Vou ter que pegar a cadeira - profiro meu pensamento em voz alta, é incrível como eu mesma complico a minha própria vida.

Me viro para pegar a cadeira quando bato de frente com o peito forte do homem que estava em minha casa, só agora me recordo, do roupão, MERDA.

Inclino minha cabeça para encara-lo e ele estava me olhando com um sorriso no canto de sua boca.

- Deixa que eu pego para você, minha pequena trouxa - ele fala ao se inclinar para o armário e pegar o pote em sua mão e me entregar, se afastando de mim levemente.

- O-Obrigada - claro que eu fiquei intimidada, pequena trouxa? Só o que me faltava agora.

- Eu agradeço por...por você cuidar de mim durante os dias em que fiquei desacordado - pega em minha mão acariciando a mesma lentamente.

- Sem problemas, não te aconselho a aparatar por uns dias, tem alguns ferimentos que ainda não se fecharam e eu vou olhar eles após o café, espero que esteja bem - falo nervosa ao me virar para a pia, pegando água para a minha chaleira.

- Você cuidará de mim, pequena Eleanor? - me questiona ao segurar minha cintura por trás.

- Eu...Eu..acho que vou Tom Riddle - respondo me virando para ele novamente, ele está muito perto, coloco minha mão em sua testa medindo sua febre, certo, isso não é um delírio dele.

  Ele solta uma risada gostosa, que me surpreende, me fazendo internamente querer escutar mais de seu riso e me solta se sentando em minha cadeira.

- Não estou delirando, pequenina...como sabe do mundo bruxo? - pergunta me encarando como um gavião.

- Que? - palhaçada, só o que me faltava ler os meus pensamentos, falta de senso desse homem gost...abusado - primeiro vamos estabelecer umas regrinhas básicas de convivência, senhor Abusado Riddle - cruzo os braços no peito, batendo o pé no chão irritada.

- Sou todo a ouvidos, Linda e Irritadiça Trouxa Eleanor - sua voz me desafia, tudo nele desafiava a minha sanidade mental...vão ser longos dias de convivência pelo que posso ver.

A Amada Trouxa - Tom Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora