Milorde

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- Milorde - a mulher o reverencia e eu me levanto em um pulo.

Ele...é o homem mau, ele é o homem que detesta e manda matar pessoas inocentes, ele quer matar a mim e o meu povo.

Me afasto dele rapidamente, nojo...é o que sinto, me doí ver o tanto de pessoas inocentes que morreram pelas mãos desse homem...inúmeras, inúmeras vidas perdidas.

  O homem que eu carreguei por horas, que eu cuidei, que eu dei abrigo...o homem que me beijou...o homem que eu ia...que eu ia ter uma relação sexual, que eu pela primeira vez em minha vida havia me interessado.

Meus olhos se enchem de lágrimas enquanto me seguro na pia da cozinha de costas para ele, como pode ser tão...cruel? Eu só queria poder fugir agora, sair daqui, me sinto sufocada.

- Minha Eleanor - ele me chama, mas levanto a minha mão pedindo um momento.

  Respiro fundo e vou até Cissa que ainda estava parada no lugar encarando o homem. Me abaixo e recolho os cacos de vidro os levando para o lixo verde de vidro.

Vou para a área de limpeza buscar alguns utensílios para limpar a torta que caiu no chão e quando volto vejo que tudo já está limpo e...Voldemort encarava Cissa com certo ódio.

Os encaro sem saber o que fazer...eu me sinto...tão usada e tão suja, só queria me esfregar até tirar o seu cheiro de mim.

  Ele me enganou...se fez de fraco? Eu não sei, ele iria me matar assim que se curasse? Eu não faço idéia...mas querer me usar daquela forma, quando eu...eu estava tão entregue, eu me sinto tola e muito burra.

Volto os objetos para os seus lugares e vou para a minha cozinha novamente, vendo que agora Voldemort me encarava atento...eu só queria chorar e sair de perto dele...ele pode me matar a qualquer instante.

  Não posso pensar nisso agora, não chore Eleanor, não seja fraca agora, ele não merece nenhuma lágrima sua.

- C-Como você está, Cissa? - questiono ao pegar tremendo duas cápsula do meu calmante e os tomar a seco.Eu preciso me acalmar...preciso ficar tranquila, não me faz bem sentir muito.

- B-Bem, Ella, eu - ela olha para o homem do qual eu evito olhar e ela acenar com a cabeça agradecida e se volta para mim - estava com muita saudade de você...eu...me desculpe, era a sua torta preferida - ela chega perto de mim, mas fica em dúvida de me tocar ou não, eu aceno com a cabeça dizendo que não, agora não é uma boa hora. Ela entende...e parece ficar perdida por um tempo.

- Sua família está bem, Cissa? Estão saudáveis e felizes? - pergunto sentindo o efeito do remédio começar a fazer efeito.

- É...estão, estão bem - ela tenta sorrir para mim.

- Me desculpe, Cissa...mas eu... eu preciso dormir um pouco - falo ao sentir o sono me preencher - eu...leve seu lorde também, por favor, eu realmente não quero ser morta enquanto durmo - falo ao passar por eles e ir em direção ao meu quarto fechando a porta e me deitando em minha cama.

   Quando finalmente eu decido confiar em alguém...eu descubro que ele...ele é a pessoa que mandou matar os meus pais, eu não consigo suportar por hora...não posso lidar com isso agora.

A Amada Trouxa - Tom Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora