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Ela estava linda. Cabelos encaracolando-se ao vento. Parecia um passarinho que acabara de sentir a liberdade. O sorriso... ah o sorriso mais belo que já vira. Era ela. Sempre foi ela. A mulher da minha vida. Mas percebi tarde demais. Logo que estiquei os braços para alcança-la, sua imagem perdeu-se, desfez-se em pedaços. Um sonho. Um maldito sonho. A sensação de incapacidade corrompeu-me. Penetrou nas minhas entranhas fazendo com que lágrimas surgissem. Justo eu, quem não costuma chorar por nada nem ninguém. Então deixei-me permiti-las, para que lavassem a alma. Sentia falta. Dela. Da sua risada, do seu olhar, do seu cheiro, da sua voz. Aquela voz. Queria pode ouvir mais uma vez. Mas agora... Há só lembranças. Cenas vagas de uma breve existência. E teria de viver, aprender a conviver, com sua ausência. "Sinto muito pequena". Repeti mais uma vez. Em vão.
– 31/05/2018



Às vezes é preciso
parar de se questionar.
Pois ser indeciso
só irá lhe atrapalhar.

Às vezes querer alguma coisa
não significa que tu irá alcançar.
Mas não se preocupe com a divisa,
pois logo tu poderá ultrapassar.

Às vezes é necessário tentar
só um pouquinho mais.
E se por um acaso cansar,
deite-se e leia uns jornais.

Às vezes deve-se lembrar
que viver é essencial.
Não só existir e aceitar,
pois tu és humano afinal.
– 27/05/18



Eles não têm nada a ver um com o outro. Absolutamente nada em comum. Talvez seja por isso que tenham dado tão certo. Foram capazes de trocar entre si tantos conhecimentos, capazes de se respeitar em todas as situações possíveis, capazes de amarem um ao outro de uma forma nunca vista antes. E era com esse amor que eles faziam as outras pessoas acreditarem na vida. Todos os que os viam juntos ficavam encantados, era como se a magia existisse e ambos fossem a prova viva disso.
– 08/08/2015

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