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Ela dançava com o cão
ao som de uma bela canção.

Era uma cena e tanto,
tinha farinha por todo canto.

Um bolo ela fazia,
e sozinha, sorria.

Poderia passar tardes daquela maneira,
organizadamente bagunceira.

Era feliz por ser ela,
por ser erroneamente bela.

Adorava vê-la cozinhar,
e de todos os sabores provar.

Pelos deuses! Eu amava,
o seu jeito de bailar quando eu tocava.

Seu cafuné, seus risos,
os seus beijos sem sobreavisos.

Até na forma de olhar era diferente,
me via por inteiro, transparente.
– 14/05/2018



Era uma noite de chuva. Estava frio. Ela chegou à casa cansada após um dia longo. Acordar cedo e dormir tarde não faziam mais bem. O cão a esperava deitado rente a porta, assim que viu uma oportunidade exigiu carinho à sua maneira. O som da água tocando o solo era a melhor música a se ouvir no momento. Logo sentiu o cheiro de jantar. Foi até a cozinha e o viu cozinhando concentrado. Sem nem pensar duas vezes, o abraçou por trás. "Como foi o dia?" "Cansativo. E o seu?" "Também.". Ambos sorriram. Ela continuou ali, perto dele. Próxima do seu mundo. Jamais pensara que alguma vez precisaria tanto de alguém para lhe fazer bem.
– 01/06/18



O caminho é torto,
sinuoso, com obstáculos.
Mas isso não faz dele impossível,
e sim o torna uma verdadeira aventura.
O conforto do lar depende
do que consideras como conforto,
e principalmente, como lar.
– 2015.

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