Minha tentação, Luna

Extra I - Deveria saber que o perdão liberta (Ha-Yun)

Olá meus amores, tudo bem? :3

Eu sei que coloquei um recado dizendo que não teriamos atualizações esse fds, mas consegui terminar o primeiro extra de 'Minha tentação, Luna', e quis vir compartilhar o mais rápido possível com vocês porque esse capítulo ficou muito bonito e significativo.

Eu realmente espero ter expressado tudo o que eu queria com esse extra da Ha-Yun. Trago uma mensagem super importante aqui e que não serve apenas para a situação dela, que no caso foi a traição. Serve para muitas situações em nossas vidas. Eu mesma estive nesse processo e acho que logo estarei pronta para me libertar também. Vocês vão entender <3

Muito obrigada mais uma vez a todos que votaram, comentaram e acompanharam a fic <3 espero de verdade que gostem do extra e reflitam sobre a mensagem dele.

BJOKAS *3*

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Insuficiente.

Inferior.

Destroçada.

Era assim que Ha-Yun se sentia. Como se já não fosse ruim o suficiente ser dispensada pelo homem que amava, descobrira que Jimin havia terminado para ficar com sua tia. Sua própria tia! E que eles tiveram um caso enquanto ainda estavam comprometidos.

Uma maldita traição.

Depois de toda a revelação no apartamento do ex, onde compartilharam tantos momentos e fora palco da maior decepção de sua vida, Ha-Yun abandonou Jimin para trás sem qualquer despedida – e jurando odiá-lo para sempre – e atravessou a porta imersa em um misto de raiva e tristeza, deparando com sua tia encostada na parede ao lado. Foi inevitável não a encarar, bem como não ficar surpresa com o fato de que ainda estava ali.

O arrependimento e a vergonha manchavam o rosto de Luna, que tentou balbuciar alguma coisa, mas não conseguiu empurrar a voz para fora. Era nítido que fazia um esforço tremendo para retribuir o olhar, porém, manteve-se firme assim como há momento atrás dentro do apartamento. As duas trocaram olhares em meio ao corredor vazio e silencioso.

Ha-Yun sentiu mais raiva.

Raiva porque sua tia, apesar de tudo, enfrentava a situação com uma valentia exasperante. Não com arrogância ou sarcasmo – como acreditara enquanto falavam minutos antes –, mas como alguém que admite seus erros e os encara ao invés de simplesmente fingir que não existem. Que prefere lidar com as consequências do que se fazer de vítima ou adotar de vez o papel de crápula. E, além disso, ela queria proteger o que lhe era importante.

Proteger seus sentimentos por Jimin.

Em outras palavras, mesmo arrependida e envergonhada, sua tia não queria abrir mão do que estava sentindo e por essa razão confrontava seus erros de frente. Mais do que reconhecer sua culpa, ela se empenhava para demonstrar que não era algo insignificante.

Luna era irritantemente corajosa.

A garota engoliu os novos xingamentos que amargaram sua boca e virou as costas para àquela que um dia fora tão importante em sua vida, com o intuito de esquecê-la para sempre, assim como o cretino que não teve decência ao traí-la e trocá-la por sua tia.

Ao chegar em casa, com os olhos inchados e a expressão abatida, Bianca soube imediatamente que a filha descobrira sobre o relacionamento de sua irmã com o ex-genro, e seu rancor aumentou mais do que imaginaria ser possível aumentar. Ela embalou sua menina e velou seu choro desconsolado durante toda a noite, enquanto prometia a si mesma que jamais perdoaria Luna pelo o que fez, pelo sofrimento que infligia a própria sobrinha ao se envolver com o garoto que ela amava. Alguém onze anos mais jovem.