Preocupado

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De volta a sala, ele pega o segundo frasco, com o mesmo ano escrito, 1991. Ele pensa bem antes de abri -lo e derrama-lo. Decidido, ele o fez, e mais uma vez se abaixou na penseira. A cena que se formava a sua frente não era nada agradável.

- Alunos da sonserina, comigo - Anunciava uma voz que ele lembrou ser de seu antigo monitor. O pequeno Draco estava uniformizado e aparentemente apavorado

Ele se lembrou da data em que anunciaram um trasgo nas masmorras. E havia um problema nisso tudo: a casa sonserina ficava nas masmorras

O medo de dar de cara com um trasgo o assolava, e derrepente a cena se desfez, ele estava no pátio com Crabbe e Goyle a luz da manhã após o Halloween.

- Ficaram sabendo? - Chegou sua amiga Pansy Parkinson. O pequeno Draco não gostava muito dela, e o velho também não. - Ontem a Granger sangue ruim, da Grifinória, foi atacada pelo trasgo! Ela deu sorte que seus amiguinhos nojentos Potter e Weasley a salvaram

Uma repentina preocupação o abraçou. Ciente de que aquilo não devia acontecer, ele tentou concentrar seus pensamentos em outra coisa, mas era difícil.

Sem mais nem menos, deixou seus amigos para trás e seguiu pelo pátio ensolarado ate o corredor onde ela costumava ficar sentado. De longe, o pequeno e o grande Draco ficaram observando em pé os três conversarem e rirem. Em sua cabeça seria natural correr até ela e perguntar se estava tudo bem, mas sua inteligência o impediu de faze-lo.

O Draco mais velho só pensava em correr até lá e ouvir o que estava falando. Parecia muito mais divertido que suas conversas com seus amigos, mas antes que pudesse tentar fazê-lo, a cena mais uma vez se dissolveu.

Ele estava e volta a sala, seus pés foram de encontro ao chão de pedra e sentiu em sua mão o vidro frio do frasco. Ele suspirou e fechou os olhos tentando se concentrar. Talvez fosse melhor parar e deixar essas memórias para trás. Quando percebeu, sua mão ardia, abriu-a e cacos de vidro caíram. Seu sangue escorria pelo braço, mas não tinha tempo para aquilo, estava demasiado entretido.

Pegou mais dois frascos com a mão que não estava machucada. Os dois escritos 1992, ele analisou-os bem e pegou o menor.

Mais uma vez ele destampou, mas agora, tomado pelo medo de um som que vinha de fora da sala, ele o colocou na mesa de volta e pegou sua varinha.

- Quem está aí? - Ele perguntou apontando a varinha para porta, mas sem resposta ele relaxou um pouco, mesmo ainda estando em guarda.

O som se extinguiu. Não pode reconhecer o que era, provavelmente alguém que veio buscá-lo para o casamento.

Mas não importava mais, qualquer um que fosse poderia esperar. Ele largou a varinha ao lado da penseira e analisou mais uma vez o frasquinho. Deveria derramar lá e voltar ao passado?

Penseira - Dramione (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora