De volta a floreios e Borrões

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Ele, muito decidido, entornou o líquido na penseira e se afundou nela pela terceira vez. Ele percebeu que mais uma vez estava na loja de livros, na Floreios e Borrões. Estava ao lado de si mesmo descendo a escada de madeira indo de encontro com o tão detestado trio de ouro.

- Olhe só o que temos aqui. Famoso Harry Potter! Não pode nem entrar em uma livraria sem aparecer na primeira capa! - Diz o Draco de 12 anos. O atual Draco da risada das coisas que fazia e suspira. Seu pai logo chega e começam uma conversa. Ele não queria descer as escadas, sabia o que aconteceria ali. Logo seu pai e o Sr. Weasley teriam uma grande briga.

Ele olhou em volta, toda aquela movimentação de gente... viu seu pai colocando aquele maldito diário na cesta da garota Weasley. Se pudesse pularia ali e arrancaria-o de lá e ainda colocaria fogo.

Então, os dois homens começaram a se bater. Ele já havia visto aquela cena toda, por isso não o chamava atenção. Apesar de um traidor de sangue, o Sr. Weasley parecia uma boa pessoa. O que chamava sua atenção mesmo, era o rosto chocado dela.

Hermione estava boquiaberta. Os olhos vidrados nos dois homens que se batiam a sua frente.

Draco pulou pelo corrimão da escada. Não faria mal, Não estava lá de verdade mesmo... Ele alcançou Hermione ignorando a cena ao seu redor. Tentou retirar algumas mechas de cabelo que estavam em seu rosto, mas sua mão passou direto. E claro que aconteceria. Ele era como um fantasma ali.

- Vamos Draco - Seu pai o chama. E tanto ele, quanto o pequeno Draco o olharam com a mesma expressão e o acompanharam para fora. Queria ficar e saber o que aconteceria depois, o que falariam, mas teve que seguir a si mesmo.

- Espero que não saia na mídia - Diz Lucio Malfoy limpando o canto da boca com o dorso da mão - É melhor eles ficarem longe de você meu filho. Aqueles... Sangues ruins! Traidores do sangue! - Ele diz em voz alta

- Pai? - Draco o chama, e a sua versão mais velha sabia exatamente o que vinha em seguida. Uma pergunta que a muito fizera, mas que nunca esqueceu - O que tem de mais nos sangue ruins?

- São sujos! Imundos! Acham que por ter um restolho de sangue mágico tem o direito de conviver e ser como nós. - Ele suspira e se ajoelha ao lado do filho - Mas nos bem sabemos que somos melhores, não? Mestiços... Sangues ruins... Apenas idiotas como Dumbledore apoiam essas causas! Agora, Vamos continuar. Tem uma história que eu quero te contar...

Pai e filho saem caminhando pelo beco diagonal. Lucio contava uma história. Uma história de 50 anos atrás, quando a Câmara secreta foi aberta pela primeira vez. Draco estava fascinado, enquanto o grande Draco os acompanhava da perto.

A cena mais uma vez sumiu. Dessa vez na sala, ele pegou dois frascos de uma vez e os derramou. Os dois ainda escritos 1992.

Agora ele estava em um corredor, acompanhando o pequeno Draco e seus colegas. Ele sabia o que aconteceria ali e agora.

As multidões de alunos se agruparam no corredor onde em uma parede estava escrito a sangue: "a Câmara secreta foi aberta. Inimigos do herdeiro, cuidado". Então o Draco de 12 anos leu em voz alta

- Vocês serão os próximos sangues ruins - os dois Malfoys falam em voz alta. E ambos se lembrando dos ensinamentos de seus pais.

O clima ficou estranho, ele viu as expressões dos nascidos trouxas e principalmente dos professores.

- Estão todos dispensados - Diz Dumbledore e o pequeno Draco volta a andar - Menos... Vocês três

Era o trio ficando para trás. A cena se dissolveu mais uma vez, agora ele estava na sala comunal da sonserina com Crabbe e Goyle.

- Todos acham que o Potter e o herdeiro de Slytherin - Ri o pequeno Draco - Que piada

- E você sabe quem é? - Pergunta Crabbe, ou Goyle, ele não prestou atenção suficiente. Estava relembrando seus tempos de escola

- Eu já disse mil vezes que eu não sei! - Ele se lembra da irritação que sentia ao dize-lo. - Só sei que logo vai morrer um dos sangues ruins. E eu espero que seja a Granger!

Ele não realmente esperava que a colega morresse. Gostava dela. Mas sempre se lembrava que era proibido para ele.

Crabbe se levanta irritado

- O que tem de errado com vocês hoje? - Os amigos estavam estranhos. Até hoje ele não entendeu por que

Mas ao analisar bem a cena, viu os cabelos de Crabbe ficarem em um tom avermelhado, e surgir uma mancha estranha na testa de Goyle. Seria possível... não. Não era possível! Polissuco era uma poção extremamente difícil e complicada, E os tapados não conseguiriam fazê-la. A não ser, que fosse feita pela Granger, que era esperta e inteligente.

Enquanto a cena sumia mais uma vez, ele se recordou que no dia seguinte ela estava na enfermaria com rosto e calda de gato.

De volta a salinha, ele pegou o primeiro frasco intitulado como 1993. Na verdade ele pegou dois, estava indo mais rápido derramando dois frascos de uma vez. Não poderia se demorar para fazer o que tinha de ser feito.

Penseira - Dramione (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora