Capítulo 3 - Intervenção

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O despertador tocou mais uma vez na manhã de sexta-feira, pela segunda vez

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O despertador tocou mais uma vez na manhã de sexta-feira, pela segunda vez. Esticando o braço cegamente até onde o barulho vinha, ela conseguiu desligar o maldito aparelho e derrubá-lo da mesinha de cabeceira ao mesmo tempo. Mas isso chamou a atenção do seu segundo despertador. O que não tinha botão de desligar.

— Gilda! Gilda! Giiiiildaaa! — a outra cantarolou animada — Está na hora!

Gilda sentiu o peso do seu 'segundo despertador' puxar os cobertores onde se escondia e ela puxou de volta lutando contra a outra garota como um cabo de guerra.

— Só mais cinco minutos... — murmurou sonolenta se enfiando ainda mais debaixo do cobertor.

Logo Gilda perdeu a luta contra os lençóis então ela fez a única coisa que estava a seu alcance: cobrir a cabeça com o travesseiro. Isso não só abafava os gritos animados da sua amiga que tentava acordá-la, como a protegia da claridade excessiva do seu quarto.

— Nããão Gilda — a outra entoou — você disse a mesma coisa há meia hora, vamos levantar! Já!

E lá se foi o seu travesseiro.

— Não Emma! — Gilda choramingou fechando os olhos com força.

Depois de perder seu cobertor e agora o travesseiro, Gilda enterrou o rosto no colchão, as cortinas do quarto estavam completamente abertas e a claridade iluminava o quarto sem dó. Provavelmente foi Emma que abriu para ventilar o quarto e ajudá-la a acordar (como se não fosse o suficiente dividir o dormitório com uma pessoa matinal como Emma), mas tudo o que Gilda queria fazer era ficar o resto do dia na cama, se fosse possível.

— Vamos lá! — Emma encorajou — Eu não vou deixar você passar o dia todo aqui sozinha. Além do mais, ontem não foi tão ruim assim, certo?

Essa foi a única vez desde a amanhã inteira que Gilda levantou o rosto para fitar a amiga. Ela estava um caos de todas as maneiras. O cabelo desgrenhado, as bolsas avermelhadas debaixo dos olhos. Emma mordeu o lábio a observando. Ela sabia que isso iria acontecer depois de seu "encontro" com Oliver. No final, acabou como a maioria acabava: ela simplesmente não se sentia da mesma forma. A única diferença dessa vez é que Gilda tinha uma paixonite por Oliver e escutar que ele tinha chamado sua melhor amiga para sair a pegou desprevenida.

Ninguém podia estar mais desapontada com Emma do que a própria estava. Ela odiava ver Gilda triste, então, ela não estava aceitando isso.

Na noite passada, Emma a arrastou para fora do dormitório direto para um clube de karaokê com outras garotas e elas só voltaram tarde da noite depois de muitos drinks. Muitos. Mesmo. Apesar da noite ter sido divertida, agora sua cabeça estava dando voltas. Tudo o que ela queria era ficar enfiada debaixo dos lençóis a manhã inteira.

— Como você ainda tá sóbria? — ela questionou a ruiva, estreitando os olhos quando a outra riu sem graça.

— Na verdade, Emma ainda está um pouco "alta" — uma terceira voz disse vindo da porta do quarto chamando a atenção das duas garotas, ela também estava rindo.

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