Capítulo 6 - Salto de fé

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— Então, qual o seu plano além de continuar agindo como um stalker? — o moreno apontou comendo outro biscoito

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— Então, qual o seu plano além de continuar agindo como um stalker? — o moreno apontou comendo outro biscoito.

Norman se encolheu. Ele sabia que isso era estranho, mas não havia nada que pudesse fazer. Eles não tinham aulas juntos, muito menos estudavam no mesmo prédio. Era impossível que eles pudessem se encontrar durante o dia na universidade. O único lugar que ele poderia interagir com ela era nesse pequeno lugar por um curto período de tempo depois das suas aulas. Ele realmente não queria parecer um stalker (por mais que isso fosse verdade) e assustá-la.

— Não há nada de errado estudar aqui depois das aulas — Norman se defendeu, voltando a atenção para o café - é um espaço livre para qualquer um.

— Até para um stalker — Ray voltou a apontar sorrindo de lado.

Ele bebericou o café, arqueando as sobrancelhas satisfeito. O café estava amargo do jeito que ele gostava.

— Além disso — continuou — ela é uma garota bem bonita. Deve ter muito cara de olho nela além de você.

A xícara tilintou contra a cerâmica branca quando Ray baixou a xícara, satisfeito ao ver o amigo se remexer desconfortável no próprio assento, confirmando seu ponto.

— Você vai jogar pelo caminho seguro e se contentar com uma possível friendzone até decidir contar pra ela, não tô certo?

Certo como sempre, Norman pensou, suspirando.

— Você sempre consegue ler minha mente, Ray — Norman assentiu pegando mais um biscoito. Ray fez uma careta vendo o amigo levar a boca um dos mais escuros, quer dizer, queimados.

— Isso é porque você é muito obvio — retrucou, arqueando as sobrancelhas de queixo erguido. Norman franziu os lábios evitando rir ao ver como o moreno estava orgulhoso de si mesmo.

— Então porque se incomodar em perguntar o que eu pretendo fazer quando você já sabe?

— Eu só estou curioso — Ray deu de ombros — Afinal, é a primeira vez desde que nos conhecemos que você se interessa por alguém.

— Hum? — Norman largou o lápis levando a xícara a boca e o encarou, seus olhos azuis brilhando de diversão — Eu pensei que nós éramos amigos.

Ray rolou os olhos e estalou a língua.

— Tsk. Não se faça de idiota, você sabe o que eu quero dizer — ele fez uma pausa tomando o próprio café e empurrou a tigela de biscoitos na direção do albino — Isso é diferente.

Os olhos azuis observaram os biscoitos se aproximarem dele e ele voltou a levantar o olhar, pegando mais um.

— Então? — questionou o olhando em confusão — Isso por si só não responde a minha pergunta.

Ray colocou o braço na mesa visivelmente frustrado.

— O que eu quero dizer é — ele suspira — você realmente vai se contentar em ficar na friendzone? Depois de procurar por essa garota por quase um ano? Isso é meio decepcionante.

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