SCARLETT STARK // Peter Parker

Capítulo 38 - Plano de Fuga

-Comida!- Foi a primeira coisa que ouvi quando acordei. Eu estava cercada por seres estranhos, pareciam humanos mas vestidos de maneira bem diferente, lembravam uma tribo.

Repentinamente as memórias foram retornando, lembrei de ajudar Thor, falar com o Doutor Estranho, Odin morrer, Hela tentar nos matar e... eu vim parar aqui.

Eu estava assustada, aquelas pessoas se aproximavam cada vez mais, eu tentava me afastar, encolhia meu corpo até um deles agarrar o meu braço. Então o outro agarrou meu outro braço, me forçando a levantar. Meu coração palpitava, o desespero passava a tomar conta de cada centímetro do meu corpo, penso na primeira opção de fuga que vem em minha mente. Vamos ver se todos os roxos que Natasha me deixou durante os treinos realmente valeram a pena.

Minhas pernas estavam livres, então me apoiei nos dois caras que seguravam meus braços para tomar impulso e dar um chute quem estava na minha frente. Imediatamente todos os olhares se voltam para mim, percebo que precisaria dos meus braços. Flexiono um dos meus joelhos para dar uma rasteira no cara que estava à minha direita, que subitamente cai no chão mas não larga meu braço, eu simplesmente dou um chute na onde Natasha me disse que era o ponto fraco dos homens. Assim que tive meu braço livre, utilizei o mesmo para direcionar a cabeça do cara à minha esquerda contra o meu joelho, o deixando desacordado.

Pela minha contagem rápida, ainda havia uns 10 homens ali, cheio de armas manuais como espadas, machados e até mesmo algumas laças. Sinto meus olhos brilharem, a magia dentro de mim transbordar as minhas veias, e a adrenalina correndo por cada célula minha. Eu me senti... livre, mesmo estando em um local completamente desconhecido, naquele minuto que eu desacordei 2 caras... Foi o suficiente para eu comprimir todo medo e desespero em um canto e dar espaço à raiva e a liberdade. Talvez só assim eu teria alguma chance de sobreviver à isso.

Dei um sorrisinho de lado, desafiador eu diria enquanto eles se voltavam contra mim novamente, prestes à me atacar. Com uma mão, envolvi os dois que estavam na frente com a minha energia e os arremessei contra uma espécie de nave quebrada que havia ali. Percebo que um se aproximava por trás, que tenta me agarrar mas eu acabo sendo mais rápida, segurando firmemente seu braço e o jogando para frente. Logo depois, dando um belo soco em seu rosto.

Restavam 7, faço um gesto com as mãos formando uma pequena esfera de energia vermelha em cada uma. Começo as lançar com toda a força que eu tenho contra cada homem que, caíam no chão assim que minhas esferas se chocavam contra eles. Deixei apenas um de pé, que largou o machado que segurava e dava passos para trás até tropeçar e cair no chão enquanto eu me aproximava. Ele ameaçou se levantar e sair correndo, mas o envolvi em minha energia para que não escapasse e abaixei para ficar de sua altura.

-Quem.São.Vocês.- Perguntei entre dentes, tão perto de seu rosto que a luz de minha energia refletia contra a minha pele.

-Somos uma tribo.- Ele dizia com a voz levemente assustada.

-Que lugar é esse? - Perguntei com a voz firme.

-Sacar.- Ele tentava inutilmente se livrar da minha energia.

-Como eu saio daqui.

-Não há como sair.

-Eu perguntei: Como.Saio.Daqui.-Falei pausadamente, o apertando mais ali, como uma jiboia sufocando sua presa.

-Pode sair daqui apenas se o Grão-Mestre permitir.- Ele falava com a voz falha, seus pulmões precisando desesperadamente de ar, então, afrouxei a energia para que pudesse respirar, ele deu um longo suspiro.

-Quem é esse Grão-Mestre e onde eu o encontro?- Continuava com a voz firme.

-Ele fica lá, no maior prédio daqui.- O homem apontou com o queixo para o prédio enorme em relação as demais construções, aparentemente no meio daquela cidade.