SCARLETT STARK // Peter Parker

Capítulo 56 - O Último Fio de Esperança

Eu não sabia o que estava fazendo. Eu estava em êxtase e meu corpo estava basicamente no automático, como se precisasse daquilo.

Meus lábios tocam suavemente os dele, o que me causa um arrepio dos pés à cabeça.

Eu estou pronta pra isso? Pronta pra voltar a abrir essa porta da minha vida novamente? Mesmo depois de um ano, uma parte do meu coração se remexe inquieta, mas não posso passar o resto da minha vida me lamentando pelas minhas perdas e acontecimentos. Eu preciso seguir em frente pelo meu próprio bem.

Peter está morto, e por mais que eu deseje com todas as minhas forças que ele volte para mim, ele não vai. O mundo não funciona assim.

Bucky se afasta alguns centímetros e olha no fundo dos meus olhos.

-Você tem certeza disso? - Ele diz quase que em um sussurro.

-Eu não tenho certeza de nada Bucky. - Falo voltando a minha altura normal.- Mas você tem duas opções: Dar meia volta, sair por aquela porta e passar vontade ou calar a boca, me beijar, e se arrepender depois.

-Você vai se arrepender depois?

-Só tem um jeito de descobrir.- Falo com um olhar confiante que não aparecia faz muito tempo.

A gente fica se olhando por um tempo. Eu conseguia ver a confusão em seus olhos, a batalha interna que estava sendo travada ali. Talvez a mesma coisa estivesse acontecendo comigo, talvez eu me arrependesse depois, talvez isso não faria o Peter sair da minha cabeça, talvez esse fosse o pior erro que eu estivesse cometendo. Mas a única coisa que importava naquele momento é que eu queria sentir a boca dele contra a minha, queria que ele me fizesse sentir viva. Nunca sabemos o dia de amanhã, então por que perder tempo?

Provavelmente Bucky não pensa assim também. Ele parece tão exitante, tão confuso. Se ele realmente quisesse algo, a língua dele estaria dentro da minha boca agora.

-Bem.- Suspiro.- Parece que eu interpretei as coisas errado e não tô afim de ficar aqui igual sonsa esperando você se decidir, até porque eu tô bem cansada.- Falo esbarrando nele e indo na direção da porta da cozinha.

Mas ele a fecha, impedindo minha passagem. Observo sua mão espalmada na madeira e me viro lentamente  pra ele.

-Já falei que sou fã das esquentadinhas?- Ele fala antes de agarrar minha cintura e me beijar com desejo.

Depois de mais de um ano sem beijar ninguém, meus sentidos ficaram até confusos com tal onda de adrenalina e emoção.

Sua língua pede permissão e eu cedo imediatamente, deixando meus dedos passearem pela sua nuca e cabelo. Ele me prensa contra a parede e sua mão puxa meu cabelo, virando minha cabeça levemente para ter mais acesso ao meu pescoço.

Sua barba arranhava minha pele, e seus beijos molhados na região me faziam dar suspiros.

Minhas mãos descem de seus cabelo e passeiam pelo seu corpo, sentindo cada músculo dele.

Após uma mordidinha no lóbulo da minha orelha, ele volta a dar atenção para a minha boca. Bucky parecia saber exatamente o que fazer para trazer o céu até mim, sua língua explorava cada cantinho da minha boca, e seu braço metálico desce até a minha coxa, apertando o local e puxando para si, aumentando ainda mais a proximidade dos nossos corpos.

Minha minha mão entra por baixo de sua camiseta, sentindo a pele quente se arrepiar sob os meus dedos. Eu passeava lentamente por cada centímetro ali, dando leves arranhadinhas com as minhas unhas que estavam mais compridas.

-Scarlett... Você tá brincando com fogo.- Ele diz com a voz falhada.

-Jura?- Falo olhando pra ele com um sorriso e me aproximando de seu pescoço, distribuindo beijos ali, sentindo seu cheiro bem de pertinho.- Talvez eu esteja começando a gostar de brincar com fogo.- Sussurro em seu ouvido e o sinto apertar minha bunda, o que me pega de surpresa.