Elisa está pensando na morte de seu pai novamente, não consegue tirar da cabeça um minuto sequer. Essa frustração acaba sendo descontada em sua mãe e nas pessoas próximas, é uma menina muito retraída e ao mesmo tempo mau humorada.
Tempos depois, sua colega de escola, Amanda, bate em sua porta, porém ela ignora pois não a considera como amiga, fato esse que a mesma já vê de outra maneira...
(A mãe de Elisa abre a porta)
Amanda: "Oi Senhora Lins, Elisa está?"
Sra.Lins: "Olá Amanda, está trancada dentro do quarto desde hoje de manhã, vê se consegue tirar ela de lá, por favor, já tentei de tudo!"
(Amanda entra no quarto)
Elisa: "Não sabe bater não?? E se eu estivesse nua?"
Amanda: "Calma amiga, imaginei que já tivesse trocado de roupa".
Elisa: "você e essa sua mania estranha, cada coisa viu..."
As duas começam a discutir, mas parece que havia algo mais interessante ali que as chama a atenção...de repente, começam a escutar vindo de fora, algo como: "Morte aos camponeses". Ficaram sem entender, pois afinal estavam em pleno século 21, quem falaria assim?
Curiosas, resolvem sair pra ver o que está acontecendo. E se deparam com várias pessoas vestidas com roupas longas e mangas bufantes, parecia uma realidade paralela do período da idade média ou algo assim. Espantosamente, todos que estavam ali pareciam ser o estilo dos nobres que se fala nos livros de história, não havia ninguém diferente no meio daquelas pessoas, então quem seriam os camponeses?
Amanda: "Se eu contasse para alguém ninguém iria acreditar haha"
Elisa: "eu tô é espantada...cada maluquice, deve ser essa gente do teatro que não tem o que fazer"
Amanda: "Para garota! vai acabar sendo linchada pelos leitores que gostam de teatro."
Notava-se o quão revoltado aquele povo estava, parecia que eles procuravam alguém, na verdade um grupo, mais especificamente. A impressão que se tinha era que eles sequer podiam ver as meninas, mas de repente dois homens vão em direção a elas e as carregam à força.
Amanda: "Me põe no chão, o que pensam que estão fazendo!? Vocês sabem quem eu sou??"
"as mocinhas fogem e acham que vamos fazer o que?? Trabalho em dobro para vocês". - Disse um deles
"Se forem boazinhas a gente até pode pensar no caso de vocês". - Completou o outro
Eles andam por um tempo e logo chegam em um terreno amplo, porém só com apenas algumas casinhas de tijolo mal acabadas, amarram uma na outra em uma dessas casas e logo saem.
Elisa: "vocês sabem quem eu sou, o que você pensou que fosse acontecer? Que eles te soltariam!? Nem rica tu é".
Amanda: "ue, as pessoas sempre falam isso nos filmes"
Elisa: "só você mesmo viu, não sei se rio ou se choro haha"
(Algumas horas depois)
As meninas sempre viam algum vulto vindo da porta, parecia que tinha alguém as vigiando, e não eram os homens. E sentem isso até o momento que escurece, depois disso, entra um homem com uma roupa bastante simples e não tinha a mesma expressão dos homens maus que as levaram.
Homem: "calma meninas, vou soltar vocês, mas assim que eu soltar, corram em direção ao rio, as pessoas daqui nunca vão pra esse lado".
Elisa: "Obrigada moço, mas você está aqui faz muito tempo? É do meio deles?"
Homem: "eu e meu povo tivemos que fugir daqui, mas eu tive que voltar para buscar a minha filha, mas ainda não a encontrei"
Elisa: "eu tenho certeza que o senhor irá encontrá-la, muito obrigada pela ajuda!"
Amanda: "Vamos Elisa, antes que eles voltem!"
Assim, elas correram o mais rápido que puderam e foi exatamente como aquele homem disse, nem sinal de nenhuma pessoa suspeita, ainda conseguiram retornar para casa por sorte, que aparentemente estava tudo normal lá dentro. Amanda ficou tão aterrorizada com o que aconteceu, que decide não ir para sua casa no momento, pedindo para dormir na casa de Elisa.
Elisa: "Oi mãe, a Amanda vai dormir aqui por hoje, tá bom?"
Sra.Lins: "Tudo bem filha...mas o que houve? Ficaram até tarde fora, nem vi vocês saírem".
Amanda: "Nada não, senhora Lins. Só decidimos para podermos adiantar um trabalho da escola".
Sra.Lins: "Ah, então tá bom, depois eu ligo para sua mãe avisando".
(No quarto)
Elisa: "Que sufoco hein!? Eu achei que fosse ficar presa lá eternamente".
Amanda: "foi sorte, amiga. Mas eu não entendi qual foi a daquele homem...tipo o que ele ganha salvando a gente? Nem nos conhece".
Elisa: "Achei bem estranho também, mas a gente não tinha outra saída, era aceitar a ajuda dele ou ficarmos presas até não sei quanto tempo".
(Na manhã do dia seguinte)
As meninas estavam ainda atordoadas com o último acontecimento, mas também sabiam que não poderiam ficar dentro de casa para sempre, então decidem sair, além do mais...elas ainda estudam né.
Elisa: "Abre a porta e fica olhando se está tudo ok, se estiver a gente sai".
Amanda: "Acho que nem precisa, se bobear foi tudo delírio da nossa cabeça".
Elisa: "Delírio nada, fomos sequestradas por dois homens fantasiados, isso é muito louco mas foi real!".
Amanda: "O problema é que se for mesmo real, eu acho que vai muito além de apenas pessoas fantasiadas..."
Sorrateiramente, abrem a porta e percebem que estava tudo normal, não havia ninguém com roupas estranhas ou falando coisas sem contexto. Desta forma, elas decidem sair e seguir suas rotinas normalmente, já que elas teriam aula naquele mesmo dia. As horas passavam na escola e não acontecia nada de estranho, nem nada, elas até ficam confusas mas depois decidem deixar de lado e continuar prestando atenção na aula.
(...)
No horário da saída, as meninas já haviam se esquecido, pelo menos por um momento, de tudo que houve. Estavam indo em direção a porta, conversando e rindo, até que elas abrem a porta e aquele cenário reaparece.
Amanda: "Eu pensei que isso já tinha acabado...e para piorar parece que só a gente vê essas coisas".
Elisa: "Eu não tô entendendo, aquelas várias pessoas que estavam no corredor, simplesmente sumiram!"
Amanda: "Só pode ser algum tipo de carma amiga, por eu ser chata e você por ser ranzinza"
Elisa: "Você fala besteira até em momentos sérios, mas do jeito que as coisas estão eu tô até concordando contigo..."
Sem terem muita opção, as duas passam pela porta e decidem procurar pelo menos entender o que está causando essa confusão e o porquê de acontecer só com elas.No meio de todo aquele alvoroço, conseguem escutar um barulho, como um grito de criança e bem estridente. Preocupadas, elas andam em direção à aquele som, até que chegam perto de uma árvore, e naquele momento, não se ouvia mais nada. Não conformadas e com a certeza de que não estavam ouvindo coisa, elas procuram mais e após tanta procura,encontram o motivo do choro, e esse motivo as surpreende! Era uma menina, só que...Elisa: "Mas como!?Essa sou eu..."
(Silêncio)
--------------------------- ☆ ---------------------------Obrigada por acompanharem até aqui❤ Vou atualizando a história e desenvolver o próximo capítulo o mais rápido que puder!
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Dois mundos e other times
AdventureImagine abrir a porta da sua casa e se deparar com o passado? Idade média, só que um pouquinho diferente de como a gente conhece nos livros de história, para não levar mesmo ao pé da letra. A história tem como personagem principal, Elisa, uma menina...