Até quando,xerife?

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Outono,15:30
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Mort havia acabado de se sentar na cadeira em frente ao seu notebook,quando ouviu um barulho.Era como se fosse alguém procurando algo na cozinha,pegou o primeiro objeto que viu por perto e desceu até sala. O barulho com forme ele se aproximava,mais aumentava... Respirou fundo e foi com tudo. De primeira,não viu ninguém. Até olhar para seu fogão e ver um guaxinim.

-Como diabos entrou aqui?-Disse e em seguida notou a pequena janela que havia ali.- Ah! Isso -Apontou- explica muita coisa.

Pegou um pano de prato e a todo custo tentou espantar o bicho,que só resolveu sair quando viu o escritor jogar alguma porcaria pela janela. Fechou a mesma e voltou para o andar superior sentando-se em frente ao notebook

-Ok,vamos lá,concentre-se seu besta,concentre-se! -Dizia pra si mesmo.- Não é a primeira vez que faz isso,então,aah! Concentre-se.

Em uma tarde de inverno..

-Não,inverno não.- Apagou.

Em uma tarde de outono,ela chegou. Trazia consigo um enorme sorriso,um sorriso lindo. Capaz de lhe matar só de olhar. E mataria,ao final de tudo.

-"E mataria,ao final de tudo?" Mas que porcaria é essa que estou escrevendo? -Apagou novamente.

Em uma tarde de outono,ela chegou. Trazia consigo um enorme sorriso,um sorriso lindo. Chegou a pensar que nunca,em toda sua miserável vida; Nunca veria algo mais bonito.

-Lixo! Lixo literário. Nada de lixo -Começou a apagar letra por letra- literário aqui.

Em uma tarde de outono,ela chegou.

-Isso fica. - Se levantou e desceu até a sala.- Ah!seu besta,seu besta. Que quié? Não consegue ao menos ter a competência de escrever um livro? -Gesticulava com a mão- Preciso fumar..Não! Fumar Não. Humm -Começo a olhar para seu fiel companheiro,o sofá.- Nada que um cochilo de meia hora não resolva.

[...]

Era exatamente 19:20 quando Mort acordou com batidas na porta.

-Já vai!Já vai!- Disse enquanto procurava seus óculos e a chave para abrir a porta- Xerife?

X.Dave: Como vai,Mort?
Mort: B-Bem,e o senhor,xerife?-Todo atrapalhado.
X.Dave:Bem...Posso entrar?-Disse já entrando.
Mort: Já entrou..-Disse baixo.
X.Dave: Oquê disse?
Mort: Não! Nada. -Forçou um sorriso.
X.Dave:Como as coisas andam por aqui?
Mort: Bom...estou começando a escrever um novo livro,se é isso que queira saber.
X.Dave: Aé? Sobre oquê se trata?
Mort:Hum..boa pergunta! -Ele parece pensar.
X.Dave: Olha Mort,eu soube que esses dias você esteve na cidade.
Mort: Sim,algum problema?
X.Dave: Vários,Mort.Vários! -Ele começa a andar pela casa- Você sabe que as pessoas de lá não confiam em você.
Mort:: Não - As palavras de Tiranela vem em sua mente- Eu realmente não sabia.
X.Dave: Que seja! - Ele vai em direção a porta- Por mais que já tenha se passado um ano,não significa que
eu ou as pessoas tenha esquecido o que aconteceu.
Mort: Até quando,xerife? Pelo oquê sei, não há provas contra mim. Precisa confia em mim.
X.Dave: Não há,como também não há explicações.Tudo se liga à você,Mort. -Ele sai e vai em direção ao carro- Quanto a confiar em você,não acho que isso seja possível.
Mort: Bom...tenha uma boa noite,Xerife!

O xerife acena com a cabeça e sai.

"-Eu avisei!"- A voz de Tiranela ecoou pela sala.

-Não enche! -O respondeu se deitando no sofá.
- É só isso que consegue fazer,senhor Rainey? Se deitar nesse maldito sofá e dormir por horas? O sinhô já foi melhor,sabia?
-Sim,quando não havia você em minha vida!
-Ocê sabe que eu só sou uma porta para seus lados obscuros.
-Tá,tá,tá! Que seja.

A JANELA SECRETA-Fim ou recomeço?Onde histórias criam vida. Descubra agora