Tudo bem sentir.

.risco.

O amor é um caos que deve ser experimentado por todos. O amor é uma chuva em dia quente que, quando se vai, pode deixar um arco-íris ou um estrago enorme. Nunca sabemos que chuva deixará qual, e, por isso, o amor é como pular de um precipício com um paraquedas que você não sabe se abrirá. É mergulhar em águas profundas sem saber se o oxigênio dura o percurso todo. Num todo, o amor é o risco.

O amor poderia ser intitulado como "breve", pois, nunca sabemos quanto tempo durará.
Nunca sabemos se realmente irá dar certo, ou se tudo terminará ali, deixando apenas um vazio e o sentimento de solidão. O pensamento de que foi tudo em vão e a dor que a saudade traz! Talvez, algumas coisas a mais, mas num todo, o amor é um risco. Um risco que lhe marcará pela vida toda, como aquela cicatriz que lhe marcou há anos atrás e você nem recorda como fez. Haverão marcas, pois, o amor deixa suas marcas por onde passa. Você aceitaria o risco? O risco de se entregar? De se deixar levar, num novo universo que o outro é.

Porque o amor é como uma viagem ao espaço inexplorado, uma viagem a um mundo novo onde nada é como o esperado. Você arriscaria uma viagem sem garantia de volta? Sem saber o que lhe aguarda? Não tendo um manual para seguir e sem ninguém para lhe dizer o que fazer? Amar é se sujeitar aos riscos e às probabilidades de erro. É atirar no escuro, é pular um muro, sem saber o que lhe aguarda do outro lado. É descer em um toboágua, sem saber se terá uma piscina no final. Amor é carnaval. É uma festa junina. Amor é tudo o que lhe faz transbordar os sorrisos e as alegrias. É o que te faz realizar suas ficções, fantasias e utopias.

Em resumo: amar é aceitar os riscos e se doar sem temer o fim, mesmo sabendo que ele pode vir. É tocar e se deixar ser tocado. É deixar fluir, sentir e levar por essa correnteza de incertezas que é o amor. É ser um rio e ter suas cheias e secas, mas nunca deixar de correr em direção ao mar de amores que lhe aguardam.

Adrian Korschner e Alana Lopes