ᴀᴏ ᴇsᴛᴀʟᴀʀ ᴅᴀ ᴅᴇsᴛʀᴜɪção - ᴛʜᴇ ᴜᴍʙʀᴇʟʟᴀ ᴀᴄᴀᴅᴇᴍʏ {𝙵𝚒𝚟𝚎}

Feridas abertas

E enfim a continuação daquela confusão

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   Cinco acordou aos poucos, tossindo levemente. Se revirou na cama, sentindo uma pontada em sua barriga. Se levantou num pulo, abrindo os olhos um pouco eufórico, olhando pros lados. As lembranças do que havia acontecido alguns dias atrás vieram á tona, lhe batendo o desespero. Se levantou da cama, e com a mão em seu ferimento, foi até lá para baixo, impossibilitado de se teletransportar por ainda estar esgotado e ferido.

   Cinco ao descer, e ir para perto da cozinha, ouviu uma voz baixinha cantarolando alguma música. Os cabelos meio curtos, o famoso moletom cinza com o shortinho rosa, era mais que familiar para si. Nunca se sentiu tão aliviado assim na vida, por vê ela bem, sã a salvo. Yumi se virou, com a bacia nos braços. Quando notou Cinco ali, a admirando, quase deu um pulo de susto, parando de cantar.

-Porque parou? A música parecia boa. - Sorriu de lado, indo até à mesa e se sentando numa das cadeiras lentamente.

-Finalmente você acordou, eu estava ficando preocupada. - Admitiu sem rodeios, continuando a remexer os ingredientes para o bolo.

-Não é uma facada que vai me matar. - Fez uma feição de convencido, levantando as sobrancelhas. - E sim você. - Brincou por um momento.

-Seria uma honra. - Colocou a bacia pequena na bancada, indo até à cafeteira e pegando bastante café, colocando numa xícara branca. - Já está de tarde, o café está morno, aceita mesmo assim? - Se virou, com a xícara em mãos.

-Café é café. - Deu de ombros.

   Ela lhe entregou a xícara de café, que ele aceitou de bom grado, dando um longo gole. Molhou os lábios, voltando a admirar Yumi, que cantarolava enquanto preparava o bolo. Ela usou seus poderes, fazendo a colher de pau se mexer sozinha na bacia, enquanto foi verificar se ligou o forno.

-Voce está bem? - Ele sentia que algo estava errado.

    Yumi parou imediatamente.

-Todo mundo está meio melancólico e tenso. - Virou um pouco o rosto. - Klaus não sai do quarto, eu matei o Ben. - Se virou por completo, coçando a nuca.

-Não foi você Yumi. - Suspirou, sempre odiava quando ela admitia os erros da sua "eu do futuro".

-No final sou eu mesma fazendo essas coisas. - Passou a mão no cabelo.

   Ficaram em silêncio durante alguns segundos, até ela lembrar que deixou a colher de pau batendo sozinha. Pegou uma forma e despejou a massa dentro dela.

-E o que você fez com ela? - A pergunta principal rondava sua cabeça.

-A joguei num loop infinito, claro que, ela vai conseguir alguma hora sair daquele loop. - Pegou a forma e a colocou no forno já pré aquecido. - Ela vai voltar algum dia, e eu vi o que ela é capaz.