Boa leitura amores 💖💖💖💖
— SAMUEL!!! - Samuel se virou e seus olhos arregalaram ao ver Alonso ali, e sua cara não estava das melhores. - Sai daí agora!
— Ei!! Ei!! A única que grita na minha pensão sou eu! Quem é vosmecê?
— Não precisa se preocupar Rosalinda, eu nem sei o porquê de ele estar me reprimindo, eu estou apenas dançando, e para ninguém como pode ver. E se quer exigir algo de mim, deveria dar o exemplo, afinal, vosmecê está aqui porque, sendo que a fábrica do meu tio fica no centro? - Alonso, ficou até sem voz. - Então pronto, acho melhor voltar ao seu trabalho e eu vou continuar aqui, gostando ou não, e não dê um de mexeriqueiro, que eu mesmo vou falar com meu tio. - Com o rabo entre as pernas, Alonso saiu, mas ficou escondido mais atrás, e ficou olhando Samuel voltar a dançar. Os movimentos leves e precisos, a cintura solta e tudo mais, estava incrível e muito sexy.
Violeta, que também trabalhava lá, estava chegando e o viu ali.
— Posso saber o que faz aí? A pensão está fechada, só abre a noite. - Ele se assustou.
— Eu... olha finge que não me viu, eu já fui. - E saiu correndo antes que ela pudesse impedi-lo.
— Rosalinda deve tomar cuidado, tinha um homem espiando o ensaio dali. - Violeta falou apontando para onde Alonso estava, e Samuel deu um sorriso. - Quem é este? Atração nova por aqui?
— Bem que eu gostaria, o danado tem talento, mas é sobrinho do Barão Elias, eu jamais gostaria de ter problemas com ele. Acabamos nos trombando por aí, e ele me contou o que a pinguça da Urraca fez. - Rosalinda, as meninas, Heleno e Samuel se juntaram e começaram a fofocar bastante.
Na casa da Baronesa, ela está desmontada o dia inteiro, até que finalmente começa a despertar com uma dor de cabeça tenebrosa, Gonzalina estava esperando que ela acordasse, colocou algumas batatas em sua testa para ver se passava a dor.
— Aí minha cabeça! Aí, parece que fui atropelada por uma manada... de escravos fujões... Aí esqueci que não tem escravos, maldita princesa! Aí minha cabeça! - Ela olha para a frente e sua empregada está ali - Aí Gomalina, eu sonhei que .... Eu dei um enorme vexame para o barão havana, aí minha cabeça! - Ela olha para ela, mas a empregada não faz uma cara boa. - Não foi sonho, meu Deus, eu não posso perder essa promissora aliança! - Uma das batatas cai em seu olho. Ela come um pedaço. - Olha isso, ainda me serve batatas cruas! Não vejo a hora de conseguir agarrar o barão, preciso de novos empregados, já não aguento mais a sua incompetência crônica.... Aí minha cabeça! Meu deus, será que eu perdi a chance de fisgar o barão, e me tirar desta miséria? Eu preciso me retratar, e tem que ser já. - Ela tenta levantar, mas a sua cabeça está explodindo de dor. - Aí minha cabeça! Bem feito Urraca, controla essa boca! - Ela bate na sua própria boca, e desmonta no sofá, e Gonzalina disfarça um riso.
Na pensão, a alegria rolava solta, Samuel se divertia com as histórias contadas.
— Olha eu me diverti bastante, mas eu preciso ir, ainda tenho que falar com meu tio.
— Também temos nossas atribuições, foi um prazer conhecê-lo, e desculpa por qualquer coisa e pelo chilique daquele senhor, por falar nisso, não sai daqui enquanto não disser quem ele é. - Todos estavam curiosos e posto contra parede, Samuel revelou.
— Bom, ele é o meu.... Meu noivo. - Falou de uma vez e todas surpreenderam.
— Então ele está certíssimo de ter entrado aqui aos brados, como estando comprometido entra num lugar como esse, e dançando ainda por cima?
— Rosalinda! Eu não estava fazendo nada demais, e de dia esse lugar é como qualquer outro, fora que eu não planejei vim aqui, foi o acaso, mas aquele safado veio até aqui já com intenções, ele que está encrencado e não eu.
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CARTAS PARA MEU NOIVO ( Mpreg )
RomanceAno 1892. 4 anos após a abolição da escravidão, uma cidade bem do interior, começava a sofrer com as crises desse novo sistema. Sérgio era o dono do único armazém da cidade, ele tentava segurar as pontas junto com seu filho Samuel, mas a nova forma...