XVIII

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Boa leitura amores 💗🔵💗🔵💗🔵💗🔵












— O que quer dizer com isso?

— Que a senhora fará suas trouxas, e sairá desse solar agora mesmo. - Urraca mal podia acreditar.

— Quem pensa que é, para me expulsar do meu próprio solar? Essa casa é minha!

— Na verdade, mamãe, lembra daquela maldita pasta, que me mostrou no dia que fui à pensão e briguei? Todas aquelas dívidas foram pagas por mim, inclusive a quitação da hipoteca, portanto, o solar agora me pertence. - Urraca ficou chocada. 

— Meu filho! É claro que não fará isso, com essa pobre mulher indefesa, que lhe pariu, não é?


No meio da rua todos olhavam para Urraca, que estava descalça, o cabelo bagunçado e carregava duas malas ao seu lado. Ela senta na praça e começa a lamentar.

— SENHOR! EU NÃO FUI UMA MÃE RUIM, MEREÇO TAL CASTIGO? SE EU MERECER, QUE UM RAIO CAIA AGORA EM MIM!! - O céu deu um trovão, e um raio desceu atingindo Urraca, que caiu no chão soltando fumaça.

Samuel viu de longe, alguém ser acertado, e saiu correndo, e se espantou. Urraca estava com o cabelo cheio de fumaça, e a pele torrada, mas estava bem, ela abre os olhos arregalados, e olha para todos os lados.

— Me alevanta aqui! - Pediu dando a mão e Samuel e Alonso levantaram ela. Ela olha todos ao redor olhando para o estado dela e só sabe chorar no colo de Samuel.

— Eu não mereço isso! Senhor é muita humilhação para uma pessoa só. - Se lamentava no ombro dele, que não entendia nada.

— Calma Dona Urraca! Vai ficar tudo bem. - Todos realmente estavam sem entender o que houve.


Enquanto isso, no casarão, Elias ia formar um buraco no chão se não parasse de andar em círculos, tamanho era seu nervosismo.

A companhia tocou, era o momento ele só respirou fundo, Alaor foi atender a porta, e a Viscondessa entrou toda sorridente.

— Senhor! Essa senhora já saiu entrando....

— Como saiu entrando? Era para ela entrar mesmo, é a senhora Úrsula, a Viscondessa de Três Rios. - Alaor nem sabia onde enfiar a cara.

— Não precisa se sentir assim, já estou acostumada com esse tipo de reações! - Falou para Alaor que se desculpou. - Como está, Senhor Elias?

— Eu ... eu ... estou ... bem! - Falou todo nervoso. - A minha família... Saiu!!!

— Não tem problema, podemos almoçar somente nós dois. - Eles ouviram um relâmpago e estranharam.

— Estranho, nem parecia que ia chover! - Elias comentou.

— Ora! Ora! Conseguiu falar comigo sem gaguejar, já temos um progresso. - A Viscondessa brincou, e Elias riu de nervoso.

— Desculpa! É que eu não esperava que iríamos almoçar sozinhos.

— É melhor para nos conhecermos!

— Aceita alguma bebida?! - Elias perguntou educadamente.

— Um vinho tinto seco! - Alaor serviu a ela e ao barão.

— Bom, porque não me conta mais sobre vosmecê? - Elias perguntou para tentar quebrar o clima tenso.

— Perdi meu marido muito cedo! Fui escrava durante um tempo, e recebi de suas mãos minha carta de alforria, antes da abolição, cuidei de sua esposa até ela falecer de causas naturais, então o Visconde mostrou interesse até que nos casamos.

CARTAS PARA MEU NOIVO ( Mpreg )Onde histórias criam vida. Descubra agora