The Dead End

Parte VI - The Dead End

O dia amanheceu nublado, um vento frio adentrava pela janela do quarto. Permaneci alguns minutos de olhos fechados tentando lembrar do sonho que tive, em vez disso, meus pensamentos teimavam em se direcionar para o beijo que trocamos e os momentos quando entramos no quarto. A morena deitando em meu peito, dormindo abraçada em meu corpo, o cheiro de seus cabelos recém lavados inebriava meus sentidos, fazia-me sentir em casa de alguma forma, sorri com a lembrança e enfim abri os olhos. Lena já não estava na cama, pude ouvir sua movimentação no cômodo ao lado enquanto me espreguiçava e tentava ajeitar meus cabelos para não ficarem tão rebeldes.

Ela estava de costas, encostada na pia lavando sua xícara de café, aproximei-me lentamente, tentando não fazer ruídos, a abracei por trás, depositando um beijo em sua nuca exposta, seus cabelos estavam presos em um coque no alto da cabeça.

— Você dorme demais —. Sua voz tinha um tom brincalhão e pude observar um sorriso em seus lábios.

— Finalmente estou descansando —. Comentei pensativa ainda com os braços em volta do corpo da morena.

— Por causa da cama? —. Ficamos de frente uma para outra e o rosto da Luthor era desconfiado.

— Por ter você em meus braços —. Um sorriso surgiu em minha face e Lena selou rapidamente nossos lábios com um selinho terno.

— Você é uma conquistadora barata, Kara Danvers.

— Você amou isso, Lena Luthor.

Separei nossos corpos, fui para o banheiro tomar um banho. Não sabia ao certo que horas eram, parei de usar o telefone tem dois dias, minha bateria está praticamente no fim e não sei quando tudo isso vai se resolver, então tentava seguir uma rotina a partir da claridade exterior. Tenho certeza que Alex já deve estar arrancando os cabelos de preocupação, espero que ela não me mate quando eu voltar. Após o banho, encaminhei-me para o cômodo principal, Lena estava com uma expressão nervosa para seu notebook.

— Algo de errado? —. Perguntei tirando a mulher de sua concentração e assustando-a levemente.

— Ahn... Não... Nada —. Fechou a tela e levantou da cadeira apressada.

— Tem certeza?

— Sim, Kara... Tenho.

— Ok, Lena —. Algo definitivamente estava errado, mas, não iria pressionar a mulher.

Preparamos nossa refeição em silêncio, a aura de estranheza se mantinha, Luthessa parecia distante e com receio de se aproximar. Estendendo nosso silêncio até após o almoço.

— Lee —. Chamei não querendo mais aquela sensação estranha. A mulher ficou boa parte do tempo observando a janela. — Vem

— O que?

— Eu disse "vem", boba —. Sorri e a carreguei, fazendo com que seus olhos se arregalassem. — Não vou te deixar cair, mulher