Dublin, Irlanda. 8h30. 16/08/2020
Desde a mensagem de Samantha, Luthessa não havia descansado, pegava-se olhando pelas frestas das tábuas de madeira que vedavam as janelas do prédio, procurando identificar alguma aproximação. Não havia utilizado nenhum meio de comunicação até então, para não ser rastreada e vivia em silêncio, não sabia se Kara Danvers estava perto ou longe, entretanto, não queria dar indícios de sua localização, durante dias tudo manteve-se em um silêncio quase sepulcral e finalmente havia chego o dia do atentado.
Segundo os documentos que olhou, há uma semana atrás, o atentado estava previsto para iniciar ao meio dia, e a julgar pelo histórico de outros acontecimentos, pontualidade era algo que essas famílias mantinham como regra. Suas coisas já estavam arrumadas desde o dia anterior, Lena pretendia esperar o acontecimento em algum lugar comum perto do centro da cidade e durante a confusão, sair fugida, a verdade era que ainda não possuía um destino fixo em sua mente, pegaria o primeiro carro abandonado que encontrasse e dirigiria para a rota mais acessível. Queria sumir na multidão e ser dada como morta. Tentava controlar sua respiração, todavia, a ansiedade tomava conta do seu corpo, abraçada com sua mochila de viagem esperava até o momento de sair, não se arriscaria a sair mais cedo que o necessário para chegar no centro, não queria passar tanto tempo exposta.
Sabia que seria uma correria, pois, segundo os documentos, haviam sido contratados grupos que incitariam a violência logo após a explosão, então se manteve encolhida, esperando, tentando controlar seu nervosismo.
Dublin, Irlanda. 11h55. 16/08/2020
A morena estava de costa, com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo e uma roupa negra um pouco gasta, olhava inquieta para o relógio em seu pulso enquanto fingia degustar alguns biscoitos que estavam na bancada da cafeteria, ao lado de seu café; uma pele muito branca e batom vermelho escuro destoavam da imagem comum que tentava passar. Sabia que não precisava caçar a mulher, tinha certeza que ela sairia algum momento de seu esconderijo, por isso esperei pacientemente até encontrá-la em Accents, no centro da cidade.
— Luthessa Luthor —. Sentei ao seu lado com um sorriso amigável.
— Kara Danvers —. Um suspiro frustrado saiu dos lábios da mulher e enfim me encarou com esmeraldas ligeiramente irritadas.
— Parece que as duas fizeram o dever de casa —. Não iria fingir ser outra pessoa, sabíamos quem cada uma era e o que estávamos fazendo ali. Não pretendia subestimar uma adversária que parecia ser tão... interessante?
— Não iria morrer como uma tonta que não conhece o rosto da pessoa —. Falou com uma amargura no tom, não me deixando surpresa, sua feição já denunciava uma raiva contida. — Vai me matar aqui no meio do restaurante? — . A pergunta foi direta e cortante, arrancando-me um sorriso desdém.
— Não sou um animal, Luthessa, e por que me incriminaria tão facilmente por você? —. Respondi em um sussurro.
— Realmente, animais não assassinam os outros por alguns trocados —. A mulher sustentava o olhar penetrante e levantou a sombrancelha de forma debochada. — Quanto minha cabeça custou?
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The Dead End
Fiksi PenggemarLena Luthor é uma famosa hacker no submundo do crime, com o codinome Emerald, tudo ia bem até a mesma invadir um servidor que revelava ligação de várias famílias ricas em diversos atentados pelo mundo. Agora sua vida corre perigo pois a melhor assas...