Culpado parte um

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A freira Agnes estava petrificada como se tivesse congelada no tempo, ela olhava para algo em sua frente horrorizada seu rosto se misturou em pânico em choque, caminhei em direção a ela tocando em seu ombro quando a freira Agnes se despedaça na minha frente, como em câmera lenta seus membros se desligaram de cada parte do seu corpo, braços caindo de um lado, cabeça rolou longe no chão as pernas ficaram postas como dois postes no chão, e por fim o sangue jorrava como um chafariz descontrolado.

Quem poderia ter feito algo tão cruel .

Eu não conseguia ver a cena pavorosa, mas procurava o assassino e precisava tirar os restos mortais dela se não alguém poderia ver. Quando peguei as partes dos braços eu quase vomitei não sei de onde arranjei coragem pra fazer algo assim, e ouvi um barulho vindo da janela corri lá para ver o que era, vi uma sombra parada perto das escadas mas podia jurar que parecia ele o vampiro Marvius olhando pra mim.

Quando voltei pro lugar do crime era tarde demais, os frades e as Freiras gritavam assustados com a cena da freira esquartejada no chão do corredor principal, no meio de tantos rostos cheios de pavor, procurava por ele, mas ele também já não estava lá, porque Mew não estava lá eu precisava dele, mas meus pensamentos foram interrompidos quando uma freira gritou olhando pra mim .

_ Foi ele ? Eu vi esse padre assassino, eu vi como ele esquartejou a pobre freira.

_ O que ? Não, eu não fiz isso , não fui eu .

Aquela doida maluca estava me acusando de ter matado a freira Agnes, mas o que achei estranho, era como ela estava se comportando, seus olhos ficaram vermelhos como ela tivesse sido hipnotizada, será que era só eu que conseguia ver isso?

O bispo apareceu correndo assustado e olhou para a cena não acreditando , ele tentava acalmar as pessoas ali paradas diante da cena de terror, ele olhava pra mim e aquela mulher continuava a me acusar de ter matado a freira Agnes .

Então todos me acusavam sem ao menos conseguir me defender, todos ali me olhavam horrorizados e com medo, como se estivessem vendo o próprio demônio eu nem conseguia falar, um outro padre só faltou me matar com suas ameaças.

_ Eu não esperava isso de você Padre Gulf , temos um assassino no meio de nós.

_ Eu não fiz nada, eu sou inocente .

_ Bispo temos que chamar a polícia senão esse assassino vai escapar.

Quando achava que tudo estava perdido e seria levado preso do convento, ouvi as sirenes da polícia lá fora, eu seria preso sem ao menos poder me defender, eu pensei no Mew e fiquei chamando ele em pensamento " Onde você está Mew ? Preciso de você, estão me acusando de assassinato, estou perdido "

O Bispo para acalmar as pessoas, me tirou do corredor, e me levou para seu escritório, para que eu não fosse linchado, todos me acusavam e quase me pegaram. A polícia estava entrando olhou para a cena do crime e o bispo pediu que todos se acalmassem.

Mas um barulho estrondoso invade o corredor, tudo se apaga e o convento fica só a escuridão, um frio invade o lugar fazendo com que rajadas de ventos entrassem e todos gritar e correm de pavor . Eu não enxergava nada na minha frente, ouvia as pessoas gritarem e correndo alguns esbarravam em mim quase me derrubando, mas ouvi a voz do Mew em meus pensamentos.

" Estou aqui do seu lado ! "

E senti algo gelado no meu braço e me puxar pra perto dele como se meu corpo flutuasse, me senti enjoado e fechei meus olhos não ouvia mais a bagunça e quando abri os olhos a gente estava dentro do Taberna do guerreiro, Mew tinha me tirado de dentro do convento aquela cena da freira morta esquartejada me fez ficar muito nervoso, senti vontade de chorar, agora eu era o principal criminoso aos olhos dos padres e freiras, olhei para ele não consegui me conter e chorei só chorava pensando em tudo como minha vida tinha virado de cabeça pra baixo, Mew apenas me abraçou forte e eu chorava como nunca tinha chorado em toda minha vida. Ficamos abraçados e agachei no chão em prantos Mew me tranquilizava sem dizer uma palavra.

O guardião do Conde.Onde histórias criam vida. Descubra agora