Gulf era um Padre Exorcista e estudioso da parapsicologia, e trabalhava para desvendar e desmascarar os supostos milagres e fraudes de possessão demoníaca por onde ele passa. Até que na cidade da Transilvânia onde fica o mais famoso castelo do Cond...
O Vampiro o olhou curioso e sorriu se aproximando de mim.
_Sim sou eu quem seria mais? Vocês precisam ter mais cuidado, aqui a noite é muito perigoso.
_Estamos bem, já estavamos de saida.
_Mas podem ficar não precisa ter pressa.
_Você que matou aquelas pessoas no lago ? - Perguntei para Mew que me olhava ainda surpreso.
_Eu ? Não sei do que está falando, hmm pode ter sido meus Filhos.
_Seus filhos?
_Sim meus filhos, eu disse pra eles não matar aquela pobre criança, mas posso ajudar, quero contribuir não sou um inimigo.
Olhei para ele sem entender nada e desviei da meleca dos restos mortais daquele Vampiro loiro espalhado no chão. Peguei a maleta e disse para Max.
_Vamos embora Max, a investigação termina aqui.
_Espera eu posso dar uma carona a vocês !
_Não precisa estamos bem.
_Eu insisto, por favor deixe levá-los em segurança.
Olhei para os olhos dele, e para minha surpresa consegui ouvir seus pensamentos.
"Meu irmão tem razão, você é diferente, seu sangue é único e raro, vou tomar você dele e será meu. "
Como estava surpreso eu consegui ouvir os pensamentos de Mew e fiquei mais interessado em ouvir, até descobrir o que ele queria de mim, eu odiava o jeito que ele me olhava e ficava dizendo, que eu seria dele, então mudei de ideia. Para espioná-lo.
_Ok aceito sua carona, vamos Max !
_O que está louco Gulf, ele vai nos matar.
_Confia em mim .
E saímos noite a fora, o frio intenso quase congelando as pálpebras, tudo num silêncio, estava tão nervoso que quase dava pra se ouvir meus batimentos cardíacos. Olhava para a cara de Max que estava mais assustado que eu, quando chegamos perto de duas motos parada na frente do Hotel. Duas lindas Harley- Davidson pretas que custava bem caro.
Mew olhou para mim com um sorriso no canto dos lábios , passou por mim pegando em meus cabelos e disse.
_Eu irei te levar, e o meu filho Pete leva seu amigo vamos ?
_Claro- disse desviando minha cabeça dos dedos dele.
Ele colocou sua mão gelada sobre minha cintura me conduzindo para subir na moto, confesso que tremi com seu toque, e nossos olhares se cruzaram. Tentei ler o que ele estava pensando e ouvi apenas. - Quero você, você se parece muito com ele -
Hein ? me pareço com ele ? O que ele queria dizer com aquilo.
Olhei para ele sem entender nada e fiquei mais aliviado pois ele não percebeu que podia ouvir seus pensamentos.
Peguei o capacete de suas mãos, ele me ajudou a subir no assento da moto, tentei me ajeitar como podia, sem precisar encostar nele ou abraçá-lo, mal conseguia tocar em uma mulher normalmente sempre fui casto e puro, beijar então nunca fiz na vida, quando entrei no seminário eu só pensava no momento em me tornar um Padre e virar Exorcista, eu não ligava para amores e aventuras românticas. Achava uma perda de tempo, Tocar um homem, de uma maneira tão íntima era um pouco desconfortável, e não deixava ninguém me tocar era prioridade para mim e quando ele fez aquilo eu fiquei com muita raiva, meus pensamentos foram interrompidos quando ele olhou para trás e deu um sorriso, pegando de leve meu braço esquerdo dizendo.
_É melhor você se segurar em mim, pois não quero que se machuque e eu vou correr muito. Eu revirei os olhos me recusei em tocar nele então joguei meus braços para trás segurando a garupa da moto com força.
Ele só riu e deu a arrancada e saiu quase dando um cavalinho com a moto.
_Seu maluco pare com isso- Gritei e vencido pelo medo e o frio daquela noite agarrei sua cintura abraçado a ele com todas minhas forças, fechei os olhos com medo de que caíssemos, nem via mais o Max na outra moto, inclinando a cabeça em suas costas, e não tinha como deixar de sentir seu perfume.
O medo era tanto que mal conseguia pensar , ele estava se exibindo e ria e eu agarrei com mais força em sua cintura e continuava com os olhos fechados com medo decair da moto e sentia a brisa passar pelo meu rosto, o passeio durou menos de uma hora, quando abri os olhos já avistava a rua do Hotel que eu e Max estava hospedado e passou pela minha cabeça, como ele sabia que estávamos ali. Olhei no relógio e já se aproximava das 1 da manhã, e Max tinha chegado com Pete logo depois ele parecia excitado pela adrenalina pois sorria feito um bobo.
Ele estacionou a moto perto dos bancos de madeira. Mew desceu da moto e me ajudou a descer pegando em minha cintura.
me desequilibrei e ele me segurou em seus braços, Ao olha-lo tão de perto noto algo diferente em seus olhos.
_Ah seus olhos ,estão meio avermelhados.
_Sim é uma reação natural quando quero... ah como posso dizer. Seduzir !
Eu engoli em seco nunca um homem tinha flertado assim comigo tão descaradamente, eu fiquei tão nervoso que me faltou socar a cara dele.
Já o outro Vampiro que estava do lado de Max reparava nos músculos dele e podia ouvir os pensamentos do Vampiro jovem.
" Nossa olha para esse peitoral eu ia fazer um estrago, poderia transformar ele para nosso grupo, é um desperdício todo esse talento pra ser um mero Mortal "
_Hum...ok então temos que entrar e obrigado pela carona.
