- Oi! - Repetiram novamente em resposta ao outro ainda sorrindo.
Ela abaixou a cabeça constrangida, agora que sabia, que ele era o homem que salvou a sua vida, não sabia como reagir ou o que falar; ele pegou uma cadeira e sentou ao lado da cama, não sabia como iniciar o assunto que lhe tirara o sono e lhe proporcionara tantos pesadelos.
Delicadamente ele pegou o cabelo que estava no rosto dela e colocou atrás da orelha dela.
- Você está bem? - Perguntou delicadamente, ela o olhou com um olhar triste. - O ferimento, você está melhor? - Perguntou resistindo à vontade de toca-la.
- Estou. - Respondeu engolindo seco. - O ferimento abriu hoje pela manhã, mas graças a Deus, me parece que agora está melhor. Eu queria mesmo era sair logo daqui. - Sussurrou desviando o olhar do dele.
- E quanto ao resto, como você está? - Perguntou tímido, ela voltou a encara-lo.
- Não sei exatamente! Você se refere a que "resto"? - Perguntou erguendo a sobrancelha.
- O que você quiser compartilhar comigo. Sobre o sequestro, o Gui, as coisas que você ouviu. - Disse franzindo a testa, imagira que ela ouvira coisas terríveis do senhor Giuseppe. - O Zigger e os agentes não nos deixaram ouvir o que vocês falaram, mas o Patrick disse que ele te falou coisas escabrosas, então se quiser falar sobre isso, ou sobre qualquer outra coisa que você queira falar comigo ou me perguntar. - Disse solidário, ela o encarou por alguns segundos intensos.
- O pior não foi o que ele me disse, o pior foi o que não foi dito. As coisas que ele apenas insinuou e não me disse, isso sim, foi o que me deixou mais horrorizada. Espero que seja tudo fruto da minha imaginação. - Disse pesarosa.
- Eu sinto muito. Ele fez mais alguma coisa, contra você ou o Gui? - Perguntou preocupado.
Ela sentiu que ele queria mudar de assunto, e ficou grata por isso, ela queria falar sobre aquelas coisas com alguém, mas não agora. E ela queria falar com ele sobre 'outras' coisas.
- Não! Fosse lá o que ele tivesse em mente, era para quando nos tirasse de lá. - Ela sorriu lembrando do menino que momentos antes, estivera ali sentado ao seu lado. - O menino Gui me pareceu bem, ele estava tão mais tranquilo hoje, e a mãe dele em nada parecia aquela mulher ciumenta e estranha que foi à minha sala dias atrás. - Comentou pensativa.
- Verdade! Ela ficou arrasada com o que aconteceu com o filho, e pior ainda foi perceber que ela estava do lado dele e não se deu conta de nada. A Vick e uma outra colega, estão dando todo o apoio aos dois. - Disse distraído olhando as próprias mãos.
- E você, como está? Sei o quanto você o ama, e o quanto você quis protegê-lo! - Disse encarando-o.
- Ninguém nos disse que ele estava com você, eu só soube quando entrei na casa. - Ele sussurrou.
Ele precisou narrar essa história para o pai, depois para os amigos, e a dor que lhe rasgava o peito ainda era a mesma, mesmo quando pensava no assunto.
- A minha irmã me disse que você correu para a casa em meio ao tiroteio, isso foi algo impensado e imprudente.
- Eu sei! E Deus que me perdoe, mas eu não conseguia pensar em nada, só que você estava lá dentro nas mãos daquele psicopata, eu fiquei apavorado! - Ele olhou nos olhos dela. - Eu tive tanto medo que o pior lhe acontecesse! - Disse abaixando a cabeça.
- E o que você acha de um nariz quebrado e uma bala no peito? - Perguntou sorrindo tentando tirar aquela tristeza da voz dele.
- Eu acho que você está linda! E a Carla me garantiu que seu nariz não está quebrado. - Disse sorrindo também.
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Deus também estava lá.
Любовные романыClaudia é uma jovem traumatizada, protegida pelos pais, e descrente. Ela decide morar sozinha e trabalhar, e quer ser livre e independente. Mas a mãe dela contrata Luciana para trabalhar na casa dela e o primo Marcelo vai passar uns dias com ela, e...